A tradicional queda nos preços da arroba do boi gordo em maio ganhou mais força este ano.
Além da maior oferta de animais e do consumo mais fraco na segunda quinzena do mês, o mercado já sente os primeiros efeitos da entrada de gado confinado - e a pressão sobre a arroba do boi deve continuar ao longo de todo o mês de junho.
"Já estamos vendo uma movimentação de animais confinados chegando ao mercado, mas o maior número deve vir entre junho e julho", afirmou a zootecnista Juliana Pila, analista da Scot Consultoria, em entrevista ao programa Terraviva DBO na TV, de quarta-feira (28).
Segundo ela, a combinação entre oferta elevada e incertezas no mercado, agravadas pelo impacto da gripe aviária nos preços das proteínas, vem puxando os valores para baixo.
"Comparando o fechamento de ontem (27/5) em relação ao dia 15, o dianteiro bovino no atacado de São Paulo caiu 8,3%, o frango 9,9%, o suíno 3,2% e a caixa com 30 dúzias de ovos caiu quase 15%. Isso mostra que a carne bovina perdeu competitividade frente à carne de frango", afirmou Juliana.
Na conversa, a analista também comenta sobre o possível impacto do reconhecimento do Brasil como área livre de febre aftosa sem vacinação e o que isso pode representar para a exportação. Assista à entrevista completa com Juliana Pila no programa Terra Viva DBO na TV, exibido em 28/5.
Matéria originalmente publicada em: Chegada de gado confinado ao mercado deve manter o boi pressionado em junho, alerta analista da Scot
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