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Scot Consultoria

Oferta de animais para confinamento está escassa em Minas


Quinta-feira, 30 de abril de 2015 - 18h05

Boi gordo em confinamento


A menor oferta de animais de reposição em Minas Gerais tem mantido os preços em patamares recordes e com valorização acima dos observados em relação à cotação do boi gordo, o que pesará na tomada de decisão dos pecuaristas em relação ao número de animais a serem confinados. A queda na oferta se deve ao maior abate de matrizes nos últimos anos, que reduziu a área de recria, além da seca que atingiu o Estado no ano passado, interferindo de forma negativa no índice de prenhez das matrizes. Em um ano, enquanto os preços pagos pela arroba do boi gordo subiram em média 25,6%, a cotação do boi magro avançou 37,8%.


De acordo com o analista de mercado da Scot Consultoria Mateus Ferreira, os preços nominais pagos pelos animais de reposição são recordes para o período e a tendência é de mercado firme, já que a oferta continuará limitada. "Como a estação de monta sofreu interferência da seca, o que reduzirá ainda mais a oferta de animais de reposição, a tendência é que os preços sigam valorizados. Existe a possibilidade de novas altas ao longo dos próximos meses, mas as mesmas não devem ser muito expressivas, já que o boi gordo está com valorização abaixo da observada em relação aos bovinos de reposição e os pecuaristas estão segurando as aquisições", avalia.


Segundo levantamento da Scot, o garrote tem sido negociado em Minas Gerais por R$ 1,45 mil e o boi magro por R$ 1,7 mil, em média, altas de 6,6% e 4,9% no mês. Em um ano, o valor pago pelo boi magro valorizou 37,8%, enquanto a arroba do boi gordo teve alta de 25,6%, na média do Estado.


Emater - De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), entre os dias 15 e 22, o boi gordo apresentou valores entre R$ 142 a R$ 144 por arroba, na região do Triângulo Mineiro, e nas demais regiões do Estado entre R$ 135 e R$ 137.


As cotações praticadas em Minas neste mês estão próximas às observadas em dezembro, entre R$ 133 e R$ 140 por arroba, quando a demanda é aquecida pelas festas de final de ano e a oferta de boi gordo é pequena, devido ao final do confinamento. Nesse período, normalmente são registrados valores recordes na arroba.


Com o aumento superior dos preços pagos pelos animais de reposição na comparação com o boi gordo, o poder de compra do pecuarista e a relação de troca entre o boi gordo (16,5 arrobas) e o boi magro (12 arrobas) ficou prejudicada. De acordo com a Scot Consultoria, hoje é possível comprar 1,35 boi magro com a venda de um boi gordo no Estado, sendo que em abril do ano passado a relação de troca estava em 1,48.


"A falta de oferta tem impulsionado o mercado de reposição. No Estado, o maior impacto vem da falta de boi magro, o que também foi limitado pelas chuvas menos frequente quando comparada com outros estados produtores. Estamos próximos do tradicional período de seca, quando se torna necessário o investimento no confinamento. Para os próximos três meses, a busca pelos animais de reposição será ainda maior. Neste ano, o grande entrave para que o número de animais confinados seja ampliado será o preço dos animais de reposição", ressalta.


Fonte: Portal Diário do Comércio, por Michelle Valverde. Publicado em 30/04/2015 - http://www.diariodocomercio.com.br/noticia.php?tit=oferta_de_animais_para_confinamento_esta_escassa_em_minas&id=153076



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