Tendência de alta da arroba se mantém com escalas curtas

O mercado físico de boi começou a semana firme diante da escassez de oferta de animais e novos aumentos de preço podem ser registrados nos próximos dias, de acordo com corretores. As escalas dos frigoríficos paulistas estão muito curtas, de quatro a cinco dias nas unidades mais folgadas, de dois a três dias, nos casos mais apertados. "Escalas nesses níveis é sinal de alta", comenta Fabiano Tito Rosa, da Scot Consultoria. No Estado de São Paulo, houve negócios ontem por R$65/arroba para descontar o funrural e R$64/arroba livre do imposto, o que resultaria em preço maior que R$65. De acordo com Tito Rosa, a indústria tem aumentado o raio de procura de animais para frear a alta da arroba, sem sucesso. No Mato Grosso do Sul, o preço já chegou a R$61/arroba para descontar. O mercado atacadista de carne ficou ontem com o preço estável, o que é mais um sinal de firmeza de preços do boi já que nesta época a tendência é que o preço da carne caia por conta da queda do consumo, típica deste período do mês. O preço do traseiro se manteve em R$5,00 o quilo e o dianteiro em R$3,00/quilo. O analista comentou que a oferta dos confinamentos tem sido restrita e ainda não há boi de pasto disponível. A volta das chuvas nesta segunda quinzena do mês após longo período de estiagem ainda não foi suficiente para melhorar os pastos e engordar os animais. Na BM&F, o contrato outubro do boi teve ligeiro recuo ontem para R$64,28/arroba, queda de R$0,05. O valor à vista do indicador do boi gordo Esalq/BM&F ficou em R$63,94/arroba (estável). A prazo, a cotação ficou em R$64,63/arroba (+0,02%). Fonte: AgEstado. Por Ana Conceição. 23 de outubro de 2007.
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