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Scot Consultoria

Alta do leite perde força no país e tendência é de queda


Quinta-feira, 27 de setembro de 2007 - 08h58

A alta dos preços do leite começa a perder força após sete meses de ritmo intenso. O produto entregue em agosto pelos pecuaristas às indústrias do país - pago em setembro - subiu 2,54% sobre o mês anterior, conforme levantamento da Scot Consultoria. A média no mês ficou em R$0,768 por litro. No ano, a valorização é de 60,3%. No mercado spot (negociação entre indústrias), contudo, o preço do leite caiu 9,50% em setembro sobre agosto, para R$0,86 por litro, na média do país, mostra a Scot. Cristiane Turco, da Scot, observa que a alta de setembro é a menor desde o início do período de valorização do leite. A maior razão para a alta perder força foi a queda do consumo, afirma. "O consumidor diminuiu as compras de lácteos, principalmente de longa vida". Também houve aumento da captação de leite. Entre as mais de 100 indústrias pesquisadas pela Scot no país, 53% apontaram maior captação, 29%, manutenção, e 18% indicaram recuo. O crescimento da oferta se deve à melhora na alimentação dos animais leiteiros, o que eleva a produção. Mas, segundo Turco, isso não ocorreu de forma "exagerada" devido à alta dos custos da ração. Uma região que teve melhora na captação, pois lá a safra começa mais cedo, é o Rio Grande do Sul. No Estado, o preço médio do produto entregue em agosto pelo pecuarista teve pequena queda de 0,16%, para R$0,696 o litro. Com o consumo retraído e a chegada da safra, a tendência é de recuo dos preços do leite ao produtor. "O mercado esfriou", diz Turco. Isso já aparece nas negociações entre as empresas. Em São Paulo, o preço médio no spot recuou 15,07%, para R$0,80 o litro em setembro. Como algumas indústrias ficaram com estoques devido à queda nas vendas de lácteos, diminuiu a demanda pelo leite no spot, explica a veterinária. Apesar da tendência de queda dos preços do leite ao produtor, a expectativa é de que fiquem em patamares mais elevados do que estavam em 2006, concordam Turco e Antonio Xavier, da AEX Consultoria. "Vai cair porque a oferta vai suprir o mercado, mas haverá uma mudança de patamar", diz Xavier. Segundo ele, mantida a situação de crescimento da economia mundial e da demanda no Brasil, no médio prazo, os preços devem ficar em níveis mais elevados do que estavam no passado. "Se o Brasil continuar exportando mais do que importando, a queda dos preços será menor", avalia Turco. Até agosto deste ano, o país exportou US$116,6 milhões e importou US$92,9 milhões em lácteos. Fonte: Valor Econômico. Agronegócios. Por Alda do Amaral Rocha. 27 de setembro de 2007.
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