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Scot Consultoria

Preço pago ao produtor de leite sobe pelo quinto mês consecutivo no país


Sexta-feira, 27 de julho de 2007 - 08h59

Pelo quinto mês consecutivo, os preços do leite pagos aos produtores subiram no país. Em julho, os pecuaristas receberam, em média, R$0,66 pelo litro de leite entregue no mês anterior, mostra levantamento da Scot Consultoria. A alta em relação a junho é de 9,3%. Sobre julho de 2006, quando o produtor recebeu, em média, R$0,471 por litro, a valorização já alcança 41,4%, segundo a pesquisa. A menor oferta de leite - em conseqüência do período de entressafra no Brasil - e o quadro de preços firmes no mercado internacional, também devido à oferta restrita e à demanda forte, continuam a sustentar a alta. De acordo com Cristiane de Paula Turco, analista da Scot, apesar de os pecuaristas estarem fornecendo alimentos para o gado para compensar a falta de pasto da entressafra, isso ainda não está se refletindo na produção de leite. A percepção, afirma ela, é que o pecuarista pode estar receoso em ampliar muito a produção de leite e derrubar os preços novamente. Além disso, acrescenta, o aumento dos custos dos alimentos utilizados no volumoso também pode ser um inibidor. Conforme a analista, o farelo de soja, por exemplo, tem preço de R$480 por tonelada atualmente contra R$430 em igual mês de 2006. A uréia também subiu, no período, de R$770 por tonelada para R$880, e o caroço de algodão, de R$280 para R$320 por tonelada. O levantamento da Scot mostra que entre as principais bacias leiteiras do Brasil, o maior preço médio foi registrado em São Paulo, onde os produtores receberam R$0,702 por litro neste mês de julho. O valor é 9,34% superior ao do mesmo mês do ano passado. No mercado spot de leite - em que o produto é comercializado entre as próprias indústrias -, o preço médio em Minas Gerais foi de R$0,95, alta de R$0,11 (13,1%) sobre o mês anterior. Segundo Cristiane Turco, não há muita negociação nesse mercado já que "não há leite para comprar". Para a analista, os preços pagos aos produtores devem ter uma "pequena queda" em outubro e novembro, com o período de chuvas. Mas ela não acredita que o mercado vá despencar. De qualquer forma, afirma, o comportamento dos preços ao produtor nos próximos meses vai depender do desempenho das exportações brasileiras de lácteos e no mercado doméstico. De acordo com ela, algumas indústrias já indicam haver "pequena freada" das vendas de leite no atacado, reflexo da alta dos preços dos produtos finais. No mercado internacional, o leite em pó continua em alta na Europa, segundo acompanhamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), citado pela Scot. O último levantamento disponível mostra que a tonelada está sendo negociada entre US$5.200 e US$5.500 por tonelada. Em igual período de 2006, estava entre US$2.150 e US$2.250. A valorização externa melhorou a receita com as exportações brasileiras, que atingiram US$80,566 milhões até junho, ante US$73,261 milhões no primeiro semestre do ano passado. Fonte: Valor Econômico. Agronegócios. Por Alda do Amaral Rocha. 27 de julho de 2007.
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