Exportações: Bons resultados não melhoram preços para produtores no mercado interno

Para a Scot Consultoria, a cotação no mercado físico não depende apenas dos resultados obtidos no exterior Os bons resultados colhidos com as exportações de carne bovina não são repassados aos produtores. A afirmação é do zootecnista Leonardo Alencar, da Scot Consultoria. Para ele, de 20% a 22% da produção nacional é destinada ao mercado externo e, portanto, a cotação do boi gordo no mercado físico não depende apenas dos resultados obtidos fora do País. "De todo modo, o crescimento das exportações poderia ajudar a valorização da arroba, não fossem outros fatores, como o dólar baixo e a oferta em bons patamares", explica o zootecnista. Ele dá como exemplo o Estado de São Paulo, onde as exportações recuaram em função dos embargos devido à febre aftosa: as cotações do boi gordo retraíram, em média, 10,6% entre outubro de 2005 e maio de 2006, "um comportamento próximo ao observado nos Estados onde as vendas externas cresceram", diz Leonardo Alencar. São Paulo, mesmo com os embargos, permanece como líder em volume e faturamento nas exportações. No primeiro quadrimestre de 2006, o volume total exportado pelas indústrias paulistas foi 4,3 vezes maior que o do segundo colocado, Goiás. Em relação ao mesmo período de 2005, houve queda de 15,6% em volume e 19,1% em faturamento, resultado da diminuição nos embarques de carne in natura, apesar do aumento nas vendas de carne industrializada. Com São Paulo embargado por vários países, outros estados foram beneficiados, como Mato Grosso, Espírito Santo, Goiás e Minas Gerais. O faturamento das indústrias exportadoras cresceu, na comparação entre o primeiro quadrimestre de 2005 e o primeiro deste ano: Mato Grosso, 181,7%; Espírito Santos, 174,4%; Goiás, 156,3% e Minas, 149,2%. Fonte: Portal DBO. Seção Últimas Notícias. 16 de maio de 2006.
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