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Scot Consultoria

Abate de bovinos cresceu 8% em 2005, para 28 mil cabeças


Sexta-feira, 31 de março de 2006 - 14h34

Os abates de bovinos somaram 28,021 milhões de cabeças no ano passado, o que representa um aumento de 8,03 por cento na comparação com o período anterior, apesar do impacto da febre aftosa no final de 2005, informou nesta quinta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). "Considerando uma série um pouco maior, observa-se o ritmo crescente do abate de bovinos," relatou o IBGE em sua pesquisa trimestral, que trouxe também os resultados de 2005. O Brasil, maior exportador mundial de carne bovina do mundo em volumes (vendas de 2,3 milhões de toneladas em 2005), tem também o maior rebanho comercial do planeta. A pesquisa mais recente do IBGE, de 2004, registrou mais de 204 milhões de cabeças de bovinos no país. O levantamento do IBGE considera os abates fiscalizados. Consultorias privadas como a Scot apontam um número maior de animais abatidos no ano passado: 42,6 milhões de cabeças, considerando abates sem nota fiscal ou clandestinos. "Há 10 anos, essa diferença (entre o número do IBGE e outro, mais abrangente) era muito maior. Com o crescimento das exportações, muitos abates foram legalizados," afirmou o consultor Fabiano Tito Rosa, da Scot. O IBGE informou ainda que, no quarto trimestre de 2005, foram abatidos 6,892 milhões de bovinos, o que representa um aumento de 4,28 por cento sobre o quatro trimestre de 2004 e queda de 6,53 por cento em relação ao terceiro trimestre do ano passado. "A Pesquisa Trimestral do Abate de Animais mostra o impacto do foco de aftosa, em outubro de 2005, no Estado de Mato Grosso do Sul, indicando uma queda (no Estado) de 52 por cento sobre o mês de setembro de 2005 e de 35 por cento sobre outubro de 2004," destacou o relatório do IBGE. Os vetos à carne de Mato Grosso do Sul, um dos maiores produtores de bovinos do país, tiveram efeitos não apenas regionais como nacionais, como verificou o instituto. A pesquisa também revelou outro dado que comprova as dificuldades da pecuária, que no ano passado teve uma das cotações mais baixas da arroba do boi gordo da história recente do país, pelo aumento da oferta e queda do dólar frente ao real. Com a crise, os produtores passaram a abater mais matrizes. "Cerca de 48 por cento dos animais abatidos foram categorizados como bois, 35 por cento vacas e 17 porcento novilhos. Observa-se a partir daí que, em relação ao quarto trimestre de 2004, houve leve queda do abate de bois e aumento do abate de vacas." "Isso reflete o descarte de matrizes para recompor o caixa em um período de crise," afirmou Tito Rosa, lembrando que essa tendência de abater vacas tem sido registrada desde 2002. Frangos e Suínos O Brasil, também o maior exportador mundial de carne de frango, registrou abates de 3,852 bilhões de aves em 2005, segundo o IBGE, o que representa um aumento de 9,06 por cento sobre o ano de 2004. No quatro trimestre de 2005, foram abatidos 1 bilhão de frangos. Houve alta de 7,72 por cento sobre o quatro trimestre de 2004. Os abates de suínos também cresceram no país em 2005, sendo abatidos 23,446 milhões de animais, um aumento de 8,43 por cento ante 2004. No quatro trimestre de 2005, registrou o instituto, foram abatidos 6,126 milhões de suínos, o que representa crescimento de 13,49 por cento em relação ao mesmo período de 2004. Fonte: SAMORA, Roberto. Reuters. 30 de março de 2006.
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