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Scot Consultoria

Brasil se beneficia do embargo à Argentina


Segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006 - 12h25

O embargo da Rússia à carne argentina da província de Corrientes, onde foi registrado foco de febre aftosa, poderá resultar em antecipação do fim da suspensão formal das compras do país à carne brasileira, com exceção do Mato Grosso do Sul e Paraná. "A decisão da Rússia de embargar a carne argentina é positiva para nós, pois deverá contribuir para apressar a liberação da carne brasileira", afirma o presidente do Minerva, Edvar Vilela de Queiroz. As exportações de carne bovina do Minerva para a Rússia somam cerca de US$40 milhões, de uma receita de embarques de US$330 milhões. "Os russos são imprevisíveis. Eles embargaram Corrientes, mas poderão estender a suspensão a outras províncias do país. Quanto maiores as restrições à Argentina, mais rapidamente pode ocorrer o fim do embargo ao Brasil", diz Fabiano Tito Rosa, da Scot Consultoria. A Rússia suspendeu as importações de carne bovina e suína de oito estados brasileiros devido à febre aftosa. A flexibilização do embargo ao Brasil incluiría a carne suína, pois não faria sentido tratar com distinção os dois produtos. "Os russos precisam importar carne. Em janeiro, o Brasil embarcou para a Rússia o que foi produzido até 12 de dezembro, mas hoje esses estoques estão baixos. O país poderá reverter o embargo ao Rio Grande do Sul e a Santa Catarina esta semana", diz o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto. O diretor da unidade de carnes do Grupo Avipal, Fernando Becker, concorda que, por necessidade de carne, os russos devem acelerar a abertura ao Brasil. Apesar dos embargos, a Rússia manteve as importações do Brasil, ao liberar o embarque dos volumes produzidos até 12 de dezembro. Além disso, no período, as exportações para a Rússia já são menores, devido ao congelamento dos mares russos. "Praticamente, o Brasil não perdeu nada das vendas para a Rússia", diz o analista do Instituto FNP, José Vicente Ferraz. Ele avalia que os países que embargaram a carne brasileira devem adotar a mesma medida para a Argentina, "por uma questão de coerência". "Isso vai causar um problema de abastecimento nesses mercados, que favorece o Brasil", afirma. Fonte: Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados
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