Depois do susto e da desaceleração do mercado, o comércio de bovinos começa a se recuperar.
O Centro-Oeste tem sido palco de diversas manifestações da recuperação da bovinocultura nacional após uma desaceleração do mercado. O fato foi provocado pelo surgimento de focos de febre aftosa no Mato Grosso e suspeita no Paraná. A conseqüência foi a queda nas exportações de carne bovina, que atingiram a mais baixa cotação nos últimos 36 anos em 2005, de acordo com dados da Scot Consultoria.
Além dos números que demonstram a tímida retomada de forças, o interesse dos pecuaristas em acelerar o ritmo desse crescimento é nítido na região. E a forma encontrada por produtores rurais para movimentar o mercado por meio dos leilões bovinos confirma essa tendência.
Na última sexta-feira foi realizado mais um Leilão dos Criadores, no tatersal de Formosa (GO). O evento, que comercializou 834 animais de cria, recria e engorda, negociados em 36 lotes provenientes de fazendas da região (Parati, Campeira, Quatro Irmãos, Geane, Bonito, Barreiro, Cantagalo, Santarém, São Jorge, Pontal e Agropecuária ACI) comprovou a força de vontade do setor em se recuperar.
Entre os 250 participantes – entre convidados, leiloeiros, compradores e vendedores – estava também a equipe televisiva do Canal do Boi que, transmitindo o leilão ao vivo, possibilitou aos pecuaristas cadastrados o conforto de participar do remate de suas casas, pelo telefone.
Mesmo contando com pecuaristas de peso, o evento refletiu que o mercado ainda está apreensivo. "Ainda estamos numa fase complicada. O produtor está receoso", avalia o leiloeiro rural Anderson Lima, realizador do remate.
Fonte: Jornal de Brasília
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