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Scot Consultoria

As visitas do Confina Brasil 2023 terminaram, mas o benchmarking acabou de chegar

Entrevista com os analistas de mercado da Scot Consultoria e membros da equipe técnica do Confina Brasil, Julia Zenatti e Jayne Costa

Segunda-feira, 11 de dezembro de 2023 - 06h00
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Julia Zenatti é médica-veterinária pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" campus de Jaboticabal, é membro da equipe da Scot Consultoria e coordenadora da pesquisa-expedicionária Confina Brasil.

Jayne Costa é zootecnista pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" campus de Jaboticabal, mestre em Aquicultura pela mesma universidade, é membro da equipe da Scot Consultoria e técnica da pesquisa-expedicionária Confina Brasil.


Scot Consultoria: Julia e Jayne, a quarta edição do Confina Brasil terminou, certo? Contem para nós como foi a expedição.

Jayne Costa: Foi realmente uma experiência! A pecuária brasileira não para de nos surpreender, a cada visita novos parceiros, novos aprendizados. É incrível a beleza dos números quando são contados através de histórias.

Scot Consultoria: O que tivemos como destaque na última edição? O que esperavam trazer de inovador para essa edição, se confirmou?

Julia Zenatti: Esse ano, a ideia era promover ainda mais encontros, colecionar experiências e compartilhar a sabedoria de quem respira a pecuária. O projeto tem o objetivo de fortalecer esse setor tão importante e foi o que buscamos ao longo das rotas dessa edição.

Um grande diferencial na atual temporada foi a realização de eventos ao longo das rotas e visitas. Por exemplo, em nossa passagem pelo Rio Grande do Sul, durante a Expointer, em parceria com a Associação Brasileira de Angus e do Programa Carne Angus Certificada, que são parceiros de longa data do projeto, pudemos apresentar o projeto e também conhecer produtores e experiências locais.

Scot Consultoria: Tendo em vista a diversidade de confinamentos visitados, o que mais chamou a atenção de vocês como técnicos da área de ciências agrárias?

Jayne Costa: Falando como técnica, o que mais me chamou a atenção durante a expedição foi a dedicação pela atividade. O investimento em tecnologia, bem-estar animal, sustentabilidade, já é uma realidade dentro dos confinamentos. Os produtores entenderam que não se trata mais de falar que pratica, tem que praticar de fato, para ter resultado dentro da operação.

Scot Consultoria: Pensando na integração de sistemas, quais os principais tipos de integração e as principais culturas utilizadas, que presenciaram durante a expedição?

Julia Zenatti: A adoção de sistemas integrados de produção já é uma realidade na pecuária brasileira, principalmente em sistemas intensivos de produção. Das 180 propriedades pesquisadas nessa edição da expedição, 84 delas realizavam algum tipo de integração.

O sistema mais adotado entre as propriedades que realizam integração é o lavoura-pecuária (sistema agropastoril). Das culturas desenvolvidas, a soja e o milho são, em disparada, as culturas mais adotadas, mas também vimos o cultivo de culturas como sorgo, milheto, aveia, azevém, entre outras.

Scot Consultoria: Quanto aos boitéis, como é que eles funcionam e quais os principais estados que trabalham com essa modalidade de confinamento?

Jayne Costa: O boitel é um sistema de terminação em confinamento que se assemelha a um “hotel”, onde os hóspedes são os bovinos que possuem acesso a toda infraestrutura, alimentação, sanidade e manejo. Desafios com relação ao aumento no preço dos insumos, baixo preço pago pela arroba do boi gordo, mercado e outros fatores, têm deixado pecuaristas receosos quanto a terminação dos bovinos em sua fazenda. Assim fica atrativo terceirizar a operação e enviar os bovinos para um boitel. Os estados que mais vimos a prática foram: São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Scot Consultoria: Qual a principal via de compra da reposição nos confinamentos que o Confina Brasil visitou?

Julia Zenatti: A maior parte dos confinamentos possui reposição própria, esses confinamentos realizam a recria na própria fazenda ou então em outras propriedades. Mas, a compra de bovinos de terceiros foi a segunda via mais citada pelos entrevistados.

Ainda, existe uma parcela dos confinamentos visitados, mais de 20%, que recebem bovinos de outros pecuaristas, através de sistemas de prestação de serviço (boitel).

Scot Consultoria: O benchmarking, recheado de informações sobre os confinamentos que o Confina Brasil 2023 mapeou, está saindo do forno. Como vocês enxergam a contribuição do projeto para a pecuária nacional?

Jayne Costa: O Confina Brasil, através do benchmarking, leva informação para todos os envolvidos na cadeia pecuária. Além disso, tem a visibilidade de tudo isso, através das nossas mídias e eventos. Com certeza, a maior contribuição da expedição é fortalecer a pecuária intensiva brasileira e mostrar isso para o mundo, porque estamos sendo vistos lá fora, e o melhor, ouvidos. E isso, com toda certeza, é a maior contribuição.

Julia Zenatti: Não só teremos como vai ter bolo e guaraná! Ano que vem o Confina Brasil completa 5 anos de expedição e vem muita surpresa boa por aí. Nos sigam nas redes sociais @confinabrasil e www.confinabrasil.com para ficar por dentro dos lançamentos em 2024.

E para quem quiser receber o Benchmarking 2023 em primeira mão, se inscreva aqui para receber o documento completo no dia do lançamento!


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