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Scot Consultoria

Novas forrageiras para a produção a pasto

Entrevista com o professor e pesquisador da UFU, Leandro Barbero

Segunda-feira, 19 de agosto de 2019 - 05h50
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Possui graduação em zootecnia, mestrado em zootecnia e doutorado em Ciência Animal e Pastagens com período sanduíche na Massey University, Nova Zelândia. Possui experiência em manejo e adubação de pastagens, atualmente é professor e coordenador do grupo de pesquisa em forragicultura/GEPFOR - Universidade Federal de Uberlândia.

Foto: http://www.wolfseeds.com


Na rodada de entrevistas da semana, nosso convidado é Leandro Barbero, palestrante do Encontro de Adubação de Pastagem da Scot Consultoria. Barbeiro sanou algumas dúvidas referentes às novas forrageiras e sistema de produção.

O Encontro dos Encontros, que engloba, o Encontro de Criadores, Encontro de Adubação de Pastagem e Encontro da Pecuária Leiteira, acontecerá de 30 de setembro a 4 de outubro de 2019, em Ribeirão Preto - SP. Para mais informações, acesse: encontros.scotconsultoria.com.br.

Leandro Martins Barbero possui graduação em zootecnia, mestrado em zootecnia e doutorado em Ciência Animal e Pastagens com período sanduíche na Massey University, Nova Zelândia. Possui experiência em manejo e adubação de pastagens, atualmente é professor e coordenador do grupo de pesquisa em forragicultura/GEPFOR - Universidade Federal de Uberlândia.

Scot Consultoria: Leandro, pode nos dizer qual a importância de um evento como o Encontro de Adubação de Pastagens para a pecuária nacional? O que podemos esperar de sua palestra no evento?

Leandro Barbero:  A importância do Encontro de Adubação de Pastagens é trazer o que tem de novidade das entidades de pesquisas e dos consultores que vivenciam o dia a dia no ramo da pecuária, e debater entre especialistas e produtores os temas atuais de forma a unir a teoria com a prática.

O que se pode esperar da minha palestra são novidades de forrageiras melhoradas. De acordo com minha experiência, o futuro da pecuária em relação a produção a pasto é de novas forrageiras, pois o que temos hoje no mercado está estagnado, e o melhoramento de forrageiras acaba por ser o futuro da produção a pasto.

Scot Consultoria: Qual a principal estratégia que o produtor precisar adotar para escolher de maneira adequada a espécie forrageira de acordo com seu sistema de produção?

Leandro Barbero:  A estratégia é observar diversos fatores, como verificar o bioma na qual a propriedade se encontra, o clima da região em termos de temperatura, índice pluviométrico, solo, como o pasto será utilizado, qual o tipo de manejo (contínuo ou rotativo) e se será adubado ou não.

São vários fatores importantes, que ao afunilar a avaliação conseguimos dar um parecer mais preciso de qual forrageira se encaixa de acordo com o sistema produtivo da fazenda.

Scot Consultoria: Qual a importância do manejo adequado e adubação de pastagens nos sistemas de produção?

Leandro Barbero: A importância do manejo vem antes da importância de adubação de pastagens, pois com o pasto produzido, associado ao manejo adequado de pastejo se torna possível aumentar a taxa de lotação e consequentemente melhorar a produtividade do sistema.

A adubação complementa a importância do manejo, quando se colhe o pasto de forma eficiente, é natural que se extraia mais nutrientes, dessa forma é preciso repor via adubação. São dois manejos que caminham lado a lado nos sistemas de produção.

Scot Consultoria: Como o produtor pode colher de forma eficiente o pasto?

Leandro Barbero: Primeiramente observando a característica de cada planta, hoje temos uma infinidade de gramíneas utilizadas em pastagem pelo nosso país.

Cada planta apresenta um padrão morfológico característico. Do ponto de vista teórico, todas apresentam um ponto ótimo de colheita, que tem sido utilizado nos últimos anos nas pesquisas e na prática, que se resume na altura correta para o manejo de pasto.

Um exemplo seria o capim Mombaça, que em sistema rotacionado apresenta uma altura de entrada dos animais de 90 cm.

Em contrapartida, temos o capim Marandu que apresenta altura de entrada de 25 cm, ou seja, bem menos da metade da altura de entrada do Mombaça, mas do ponto de vista fisiológico, as duas plantas estão na mesma condição, isso não diz respeito a morfologia da planta.

Algumas tecnologias já são utilizadas pelo produtor facilitando seu dia a dia, como a régua de manejo que tem por finalidade apontar o momento correto de entrada dos animais.

Para ajudar nas mensurações, novas tecnologias vêm sendo trabalhadas no mercado, como imagens de satélite e drones, contribuindo mais precisamente com a tomada de decisão do produtor.


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