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Scot Consultoria

Reformar ou recuperar minha pastagem?

Entrevista com o pesquisador da FEALQ-USP, José Renato Silva Gonçalves

Segunda-feira, 12 de agosto de 2019 - 05h55
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Formado em engenharia agronômica pela Universidade de São Paulo, na Escola Superior de Agricultura \"Luiz de Queiroz\" (Esalq/USP), com mestrado em ciência animal e pastagens pela mesma universidade. Possui doutorado realizado na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Atualmente é administrador e pesquisador da Fundação de Estudos Agrários \"Luiz de Queiroz\" (FEALQ).

Foto: Scot Consultoria


Está chegando o Encontro dos Encontros da Scot Consultoria. Hoje nosso convidado é José Renato Silva Gonçalves, que participará do Encontro de Adubação de Pastagens abordando a importância da decisão do produtor em reformar ou recuperar sua pastagem.

O encontro acontecerá de 30 de setembro a 4 de outubro de 2019, em Ribeirão Preto - SP. Para mais informações, acesse: encontros.scotconsultoria.com.br.

José Renato é formado em engenharia agronômica pela Universidade de São Paulo, na Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (Esalq/USP), com mestrado em ciência animal e pastagens pela mesma universidade. Possui doutorado realizado na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Atualmente é administrador e pesquisador da Fundação de Estudos Agrários "Luiz de Queiroz" (FEALQ).

Scot Consultoria: Historicamente, o pecuarista nunca olhou para o pasto como uma cultura perene, onde ele precisa explorar todo o potencial da pastagem. Você acha que isto está mudando? O pecuarista já pode ser considerado um produtor de capim?

José Renato: Temos algumas frentes diferentes, por exemplo, hoje temos pessoas que têm trabalhado com integração e, para essas, o pasto é renovado em um curto período de tempo, mas dentro de uma tecnologia muito boa.

Outro grupo que temos é a nova geração, que já enxerga a fazenda como uma empresa, um negócio que necessita de avaliação e acompanhamento técnico dos pastos.

Por último, infelizmente ainda temos aquele grupo de produtores que possuem uma visão extrativista da pecuária de corte, que não tem consciência de que a base do sistema de produção é a produção de pasto.

Mas ainda possuímos uma diversidade de produtores, com diversas maneiras de visualizar a produção de pasto dentro do seu sistema de produção.

Scot Consultoria: Mudada a visão do pecuarista, como saber qual caminho deve ser tomado, entre reformar ou recuperar a pastagem, quais os critérios utilizados?

José Renato: Existem dois importantes critérios, o primeiro é qual o estado desse pasto, do quanto temos de estande de planta/m2 do capim que se quer trabalhar.

O segundo critério é a capacidade financeira do produtor. Muitas vezes é observado um pasto que responderia melhor a uma reforma, mas naquele momento o sistema de produção está descapitalizado e acabamos por optar por recuperar algumas áreas, adotando determinada tecnologia, após um tempo, quando o projeto está remunerando melhor a atividade, nós partimos para a reforma.

Scot Consultoria: José Renato, após definido o caminho, quais são as estratégias adotadas, os primeiros passos, tanto para reformar como recuperar a pastagem?

José Renato: Em qualquer decisão a ser tomada em uma propriedade, o passo mais importante é o diagnóstico. O produtor necessita entender que é necessário assimilar conceitos de gestão de projetos, onde temos três fases principais.

A primeira fase é o diagnóstico, olhar a propriedade, conhecer o potencial produtivo dos pastos, saber da produção de kg/ha, estande de planta/m2 e a capacidade de aumentar o pasto. O diagnóstico é de extrema importância para o produtor como forma de enxergar o quanto ele precisa melhorar e o quanto ele pode investir.

A segunda fase é fazer um bom planejamento. Após realizado o diagnóstico, e o produtor perceber que é necessário reformar alguma área, de fato necessita de um bom planejamento para sua execução.

A terceira fase, que é a mais vista e que passa despercebida pelo produtor, é a escolha certa da forrageira que atenda a necessidade do sistema e que se enquadre nas características de sua propriedade.

Não existe uma receita milagrosa que atenda um país com tamanha diversidade territorial como o nosso. Deve-se tomar o melhor caminho de acordo com a característica de cada propriedade.

Scot Consultoria: Poderia nos dizer qual a importância de um evento como o Encontro de Adubação de Pastagens para a pecuária nacional? O que podemos esperar de sua palestra no evento?

José Renato: Muito do que tem chegado ao produtor, chega como um pós-venda das empresas, e que algumas vezes tem direcionamento econômico comercial.

A grande vantagem do Encontro é mostrar que temos informações isentas de aspectos comerciais, e o produtor busca essa informação, uma informação técnica, de modo a melhorar de fato a cadeia de produção de gado de corte do Brasil.

Referente à minha palestra, abordarei o que temos de informações, para uma tomada de decisão mais técnica e precisa, focada em resultados com relação a cada área de pastagem.


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