× Faltam XX dias XX horas XX minutos e XX segundos para o EIP 2025! Entenda mais sobre o caso
  • Segunda-feira, 4 de agosto de 2025
Assine nossa newsletter
Scot Consultoria

Quais as variedades de capim que mais suportam deficiência hídrica?

Quais as variedades de capim que mais suportam deficiência hídrica? Existe “capim salvador”?


Foto: http://www.wolfseeds.com

Foto: http://www.wolfseeds.com


Quais as variedades de capim que mais suportam deficiência hídrica? Existe “capim salvador”?

Esses e outros questionamentos foram levantados durante uma entrevista com Rodrigo Barbosa, engenheiro agrônomo pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e pesquisador da Embrapa Gado de Corte.

Durante o Encontro de Adubação de Pastagens Scot Consultoria, que será realizado em Ribeirão Preto-SP nos dias 3 e 4 de outubro, Rodrigo Barbosa, da Embrapa, explicará quais são os cuidados que devem ser tomados no momento da escolha da espécie forrageira com foco no aumento da produtividade na fazenda.


Foto: Rodrigo Barbosa, da Embrapa Gado de Corte.

Confira na entrevista a seguir quais serão os temas mais importantes que ele abordará durante o evento e não perca essa oportunidade de conhecimento! Faça sua inscrição pelo site http://www.scotconsultoria.com.br/encontros/ ou pelo telefone (17) 3343-5111.

Scot Consultoria: Primeiramente, gostaríamos que o senhor desse uma palhinha sobre o tema de sua palestra durante o Encontro de Adubação de Pastagens da Scot Consultoria? O que os participantes podem esperar da sua apresentação?

Rodrigo Barbosa: Basicamente, devido ao tempo reduzido, gostaria de direcionar o produtor para que ele entenda que são vários os fatores a serem levados em consideração na escolha da forrageira de acordo com cada realidade da propriedade e de cada sistema de produção. Não existe um capim “salvador” e este é o grande problema. O importante é identificar e conhecer cada material forrageiro para se adequar ao que o produtor precisa.

Scot Consultoria: O Brasil é um país que oferece condições climáticas adequadas para o sistema de criação em pastagem, mas os dados ainda nos mostram sérias situações de degradação. Qual deve ser o primeiro passo do pecuarista que procura melhorar essa situação?

Rodrigo Barbosa: Pasto degradado é uma coisa muito comum no Brasil, não é? Mas, a melhoria começa na escolha do material forrageiro de acordo com cada região e de acordo com o modelo de sistema produtivo.

O segundo passo, após a escolha, é o manejo da taxa de lotação. O que vemos hoje é uma carga de animal muito alta, sobrecarregando a capacidade da pastagem e degradando-a. Aliado a isso, manutenção de fertilidade do solo inexistente e, dessa maneira, o capim acaba morrendo.

Scot Consultoria: Sobre a capacidade de suporte de carga de uma pastagem na seca, qual a variedade de forragem que permite uma maior taxa de lotação nesta época?

Rodrigo Barbosa: Não tem muito milagre, pra ser sincero. Todas as plantas forrageiras necessitam de água para sobrevivência e na seca todas apresentam diminuição do potencial produtivo.

Existem variedades que são um pouco mais adaptadas à essas condições, como a Brachiaria decumbens, BRS Paiaguás (Brachiaria brizantha). Estas variedades suportam a deficiência hídrica um pouco melhor que as outras. Em um pasto relativamente bom, consegue-se colocar de 0,9 a 1,2 UA/ha aproximadamente, e em pasto de BRS Paiaguás conseguimos colocar 1,5 UA/ha.

Scot Consultoria: Quais são os principais fatores a serem levados em consideração para a escolha da forrageira? O valor nutritivo é determinante nessa escolha, Rodrigo?

Rodrigo Barbosa: O valor nutritivo não é o determinante. Primeiro passo é a definição do modelo que se aplica à cada produtor (se é cria, recria ou engorda), na sequência determina-se o material forrageiro. O segundo passo é conhecer o clima da região, as características físicas e químicas do solo e, a partir disso, temos embasamento para escolha da forrageira.

O valor nutritivo é um bom índice quando temos um excelente manejo na propriedade. Em resumo, o ideal é conhecer bem a região e as características para a escolha do melhor material.

Scot Consultoria: A Embrapa tem pesquisado novas cultivares forrageiras? Pode nos adiantar algo sobre o assunto?

Rodrigo Barbosa: No programa da Embrapa Gado de Corte estamos concentrados nas pesquisas com os gêneros Panicum, Brachiaria e também temos pesquisas com Sthylosantes. Há uma previsão de, aproximadamente, cinco anos para o lançamento de uma nova Brizantha.

Nosso programa não para e estamos sempre com novos materiais forrageiros e novos híbridos. Atualmente, estamos buscando pesquisas com nichos e estamos focados em solos com problemas de encharcamento e materiais forrageiros mais eficientes no uso de nutrientes. Este é o nosso foco pelos próximos dez anos, aproximadamente.

<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja