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Scot Consultoria

Icce Garbellini fala sobre a exportação de genética zebuína brasileira


Terça-feira, 28 de outubro de 2014 - 09h52

"Certamente o melhoramento genético é exportado através de material genético de reprodutores provados, e esse mercado vem crescendo ano a ano, não só em volume exportado, como também no número de destinos, o que faz com que o zebu brasileiro seja cada vez mais difundido no mundo tropical, gerando mais e mais interesse desta genética."


É o que pensa Icce Garbellini, Gerente Internacional da ABCZ.


O projeto Brazillian Cattle, as dificuldades com protocolo sanitário e perspectivas de exportação foram pauta da nossa conversa com ela.


Confira a entrevista:


Scot Consultoria - Fale brevemente sobre o projeto Brazillian Cattle. Do que se trata?


Icce Garbellini - O Projeto Brazilian Cattle é uma parceria de 11 anos entre a ABCZ e a APEX BRASIL - Agencia Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, o qual tem a finalidade de levar ao mundo tropical um pacote tecnológico ligado a zebuinocultura.



O projeto é um facilitador do processo de exportação de criatórios e empresas de diversos segmentos da pecuária brasileira. Contamos hoje com 45 associados; em 2013 tivemos um crescimento no valor de exportação do grupo de 12,1%, obtendo um volume aproximado de U$414,0 milhões, atingindo 51 países.


Desenvolvemos uma gama de ações com a finalidade de aproximar nossos associados de seus potenciais clientes. Desde feiras e workshops internacionais, projeto comprador e imagem, farm tours, vídeos, guias técnicos e publicitários, trabalhos de inteligência comercial e várias outras atividades.


Além das ações internacionais, anualmente recebemos em nosso salão internacional aproximadamente 400 visitantes internacionais, que vem à Expozebu a fim de conhecer a melhor genética zebuína do mundo, que foi a responsável por fazer do Brasil o maior exportador de carne do planeta e uma referência na pecuária tropical. Sem dúvidas, a Expozebu é uma das maiores oportunidades de negócios e contatos que proporcionamos a nossos associados.


O projeto se encontra em franca expansão, estando com suas portas abertas a novos criadores e empresas brasileiras que queiram acessar o mercado internacional; para os interessados, o contato é: 34- 3319-3958, rodrigo@braziliancattle.com.br


 


Scot Consultoria - A falta de protocolo sanitário ainda é uma dificuldade da nossa genética, reduzindo a demanda dos materiais a serem exportados.  Quais as causas que impedem/reprimem a exportação desse material genético?


Icce Garbellini - A maior dificuldade que temos para exportação de material genético e animais vivos, sem duvida são os protocolos sanitários. O processo de negociação e abertura desses protocolos é extremamente burocrático, dependendo unicamente do MAPA e dos Ministérios dos países com os quais estão negociando.



Os Protocolos são exigências firmadas a fim de preservar a condição sanitária do Brasil e dos outros países, pois alguns protocolos são bilaterais. Muitas vezes, o que reprime uma exportação é a dificuldade do cumprimento dos protocolos acordados e seu alto custo.


A ABCZ, através do seu Departamento de Relações Internacionais, auxilia constantemente na articulação para abertura desses protocolos, pois deles dependem a abertura de mercado para o zebu brasileiro.


 


Scot Consultoria - Quais são as perspectivas de exportação de melhoramento genético para os próximos anos?


Icce Garbellini - Certamente o melhoramento genético é exportado através de material genético de reprodutores provados, e esse mercado vem crescendo ano a ano, não só em volume exportado, como também no número de destinos, o que faz com que o zebu brasileiro seja cada vez mais difundido no mundo tropical, gerando mais e mais interesse desta genética.


A América do Sul já possui países com mercados consolidados. Já a América Central, pouco a pouco vem se expandindo, assim como o continente africano. Ao sudeste asiático é uma prospecção para médio - longo prazo.


 


Scot Consultoria- Quais foram os países escolhidos para o projeto de exportação 2015? Além de animais vivos e material genético, há outros produtos do setor que podem vir a serem exportados?


Icce Garbellini - Participam do Brazilian Cattle vários segmentos da pecuária:



Animais Vivos (tradings);



Central de Sêmen;


Biotecnologia;


Produtos veterinários;


Nutrição animal;


Semente para pastagem;


Educação;


Maquinas e equipamentos;


Criatórios;


Associações.


Para o projeto 2015 - 2016, foram analisados pela Inteligência Comercial da APEX BRASIL 40 países de interesse dos nossos associados; nesta análise, foram trabalhados o potencial da pecuária de cada um deles, assim como condições econômicas e culturais.


Os integrantes de cada segmento fizeram uma análise mais detalhada do interesse real do segmento em cada um desses 40 países, dando notas aos mesmos, variando entre -1, 1, 3 e 5.


Após essa análise, as notas dadas por todos os segmentos para os 40 países foram computadas por um sistema de avaliações desenvolvido pela Inteligência Comercial da APEX, a fim de encontrarmos os países com votações mais expressivas.


Encontramos oito países com pontuação máxima, ou seja, nota 5, que foram definidos como países alvo do projeto para os próximos dois anos, são eles: Angola, Bolívia, Colômbia, Equador, México, Panamá, Paraguai e Venezuela.



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