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Scot Consultoria

Encontro de Confinamento entrevista o palestrante Flávio Portela


Sexta-feira, 1 de março de 2013 - 09h38


Nos dias 3, 4 e 5 de abril acontecerá o tradicional Encontro de Confinamento da Scot Consultoria, em Ribeirão Preto-SP, onde o melhor time de analistas de mercado e de técnicos do setor discutirão o que será possível e o que será impossível para os confinadores nesta temporada.


O encontro é uma referência de mercado e vem sendo realizado há vários anos, concentrando profissionais de toda a cadeia pecuária.


O evento reunirá os principais agentes-chave da pecuária brasileira para expor, de forma clara e objetiva, as tendências de mercado: principais ferramentas de proteção de preço, estratégias de manejo, mercado de grãos, nutrição de animais, reforma de pastagens, custos do confinamento, entre outros.


Mais informações em www.scotconsultoria.com.br/encontroconfinamento/


Um dos palestrantes será o engenheiro agrônomo Flávio Portela, professor doutor do Departamento de Produção Animal da ESALQ/USP.


Sua palestra abordará


Para saber um pouco sobre a palestra, leia a entrevista que ele concedeu à organização do Encontro de Confinamento da Scot Consultoria.


Entrevista com Flávio Portela


Scot Consultoria: O uso de milho grão, sem processamento, é viável para a alimentação no confinamento? Se a resposta for positiva, em quais casos? E a soja?


Flávio Portela: Do ponto de vista de aproveitamento do amido contido nos grãos de milho, o fornecimento de milho grão inteiro não é a forma mais eficiente de utilização do grão.


Grande quantidade de amido é perdida nas fezes quando o grão inteiro é utilizado, em comparação com milho processado na forma de silagem de grãos úmidos ou de milho floculado.


A eficiência alimentar nesse caso é inferior no grão inteiro. Por outro lado, o processamento do milho através da moagem grosseira ou laminação não melhora o aproveitamento do milho em comparação com o fornecimento inteiro.


Apesar de não ser a forma mais eficiente do ponto de vista nutricional de se fornecer o cereal para bovinos em confinamento, a prática do grão inteiro tem aspectos interessantes: permite fornecimento de dieta sem volumoso ou em níveis mínimos, menor investimento em infraestrutura para preparo da dieta, praticidade, viabilidade para propriedades pecuárias de porte pequeno ou médio que necessitam terminar animais recriados em pasto, mas que não dispõe de infraestrutura de confinamento, etc. Na realidade essa prática se constitui em uma alternativa a mais para os pecuaristas. 


 


Scot Consultoria: Há diferença de ganho de peso de animais que consomem dieta a base de grãos processados e não processados?


Flávio Portela: O processamento intenso dos grãos de cereais, seja na forma de silagem de grãos úmidos seja na forma de milho floculado, aumenta de forma expressiva a eficiência alimentar de bovinos em confinamento em comparação com o milho inteiro ou com o milho laminado ou moído grosso.


Esse aumento varia, em média, de 6,0%, quando o milho é ensilado, a 8,4%, quando o milho é floculado. Esses valores têm sido obtidos com milho dentado nos Estados Unidos.


No Brasil o milho utilizado é do tipo duro, com amido menos digestível que o milho dentado. Isso explica o impacto maior em eficiência alimentar quando o milho duro é ensilado ou floculado em comparação com o milho dentado.


Em trabalhos conduzidos no Brasil, a silagem de grãos úmidos e a floculação têm aumentado a eficiência alimentar de bovinos confinados entre 12% e 22%, respectivamente em comparação com milho inteiro, milho quebrado, moído grosso ou laminado.                                                          


 


Scot Consultoria:Quais as diferenças de custo de alimentação em relação ao nível de processamento do grão utilizado?


Flávio Portela: O método de processamento mais caro é a floculação. As estimativas no Brasil é que esse processamento custe entre R$15,00 e R$30,00 por tonelada.


 


Scot Consultoria: Devido ao preço e tendência de manutenção dos preços em níveis elevados, principalmente para a soja, quais os alimentos que podem figurar como opções para 2013?


Flávio Portela: As principais alternativas para o farelo de soja no Brasil são a ureia e os coprodutos de algodão como o farelo e a torta gorda.



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