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Scot Consultoria

Euvaldo Foroni – Cooperocarne


Segunda-feira, 9 de junho de 2008 - 08h37

Médico veterinário, formado em 1975 pela USP-SP. Foi diretor da Método Agropecuária Ltda por 25 anos, presidente da Associação Rural de Pimenta Bueno por 6 anos, presidente da Cooperativa de Credito Centro Sul Rondoniense – SICCOB-CREDIP, por 6 anos, e hoje é presidente da COOPEROCANE – Cooperativa Rondoniense de Carne Ltda, cargo que ocupa desde a sua fundação. A COOPEROCANE foi fundada em dezembro de 2003, em Pimenta Bueno – RO, com 163 cooperados. Em outubro de 2004 iniciou as obras e em outubro de 2007 começou a operar a indústria no seguimento de abate e venda de carne com osso. Hoje tem capacidade de abate de 650 animais/dia, com mais de 550 cooperados. A desossa começará a funcionar em junho deste ano. Scot Consultoria: Qual o objetivo da cooperativa, ou seja, por que razão ela foi criada? Euvaldo Foroni: A COOPEROCARNE foi fundada com a intenção de melhorar o preço ao produtor em relação aos outros Estados, dar transparência no processo de limpeza e pesagem e diminuir os riscos do produtor, pois na época existia em Rondônia uma grande concentração dos abates nas mãos de poucos frigoríficos. Scot Consultoria: Quais os principais desafios enfrentados na criação e na condução dos trabalhos da cooperativa? Euvaldo Foroni: Em primeiro lugar foi convencer os próprios pecuaristas da viabilidade do empreendimento. Depois, o convencimento do setor financeiro (para conseguir empréstimos), o que não foi fácil. Administrar a motivação e o comprometimento dos cooperados, formar as equipes, conseguir a capitalização suficiente, em virtude do aumento dos custos de construção da obra, também estão sendo grandes desafios. Scot Consultoria: Os cooperados estão satisfeitos com o desempenho da indústria, ou seja, eles sentem algum diferencial em relação às negociações junto a outros frigoríficos? Euvaldo Foroni: Sim, a grande maioria dos cooperados percebeu a diferença entre vender para a cooperativa ou para concorrentes, principalmente na limpeza da carcaça e na transparência da balança. Scot Consultoria: De que forma a cooperativa busca se diferenciar no mercado? Tanto na ponta compradora (aquisição de animais terminados), quanto na ponta vendedora (carne)? Euvaldo Foroni: A cooperativa sempre se preocupou em dar um tratamento igualitário a todos, prestigiar a qualidade dos produtos do cooperado (a matéria prima) desde o carregamento do animal na fazenda até o abate, cuidar para que o animal tenha o melhor tratamento possível, evitando o stress em todas as fases do processo. Cuidamos das boas práticas de produção e da qualidade do frio, para podermos ter sempre um produto de melhor qualidade para nosso cliente. Investimos em uma indústria moderna, com túnel de congelamento contínuo, desossa aérea, tudo para poder viabilizar uma futura agregação de valor aos nossos produtos. Scot Consultoria: Quais são os próximos passos ou investimentos que vêm sendo programados pela cooperativa? Euvaldo Foroni: Estamos terminando a desossa e nossa prioridade no momento é a habilitação para a lista geral, começar a exportação e consolidar nossa posição no mercado. Scot Consultoria: Sabe-se que a pecuária brasileira é extremamente competitiva, mas existem alguns entraves ao seu crescimento. Em sua opinião, quais são os principais problemas/entraves que deveriam ser “atacados” tanto pelo governo quanto pela iniciativa privada? Euvaldo Foroni: Acredito que a pecuária deve se espelhar no crescimento da avicultura, desenvolvendo parcerias entre indústrias e produtores, integrando a cadeia. Investir/desenvolver novos produtos (pratos) acabados e semi-acabados. Desenvolver um trabalho de marketing visando divulgar a qualidade e a necessidade da carne vermelha na dieta, pois existe um trabalho imenso para denegrir a imagem do produto. O governo deveria discutir a rastreabilidade juntamente com a classe produtora, e definir de uma vez por todas maneiras exeqüíveis de implementá-la. Além de defendê-la junto aos organismos internacionais. Scot Consultoria: Especificamente no caso de Rondônia, o senhor tem alguma sugestão para o aumento da competitividade da cadeia produtiva local? Euvaldo Foroni: A união entre o produtor e as indústrias é fundamental para que ambos trabalhem visando atender o consumidor, ampliando e fidelizando o mercado. E desenvolver ações junto ao Estado para programas de combate à cigarrinha, que está levando ao deterioramento de nossas pastagens.
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