Prognostico climático para segunda semana de setembro

Fonte: Scot Consultoria

Região Norte

As chuvas irão se concentrar principalmente na porção Oeste da região, abrangendo Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia e o Oeste do Pará, onde estão previstas precipitações bem distribuídas e regulares, variando entre 25mm e 35mm. Esse cenário é especialmente positivo para Rondônia, que vinha enfrentando estiagem prolongada.

No restante da região, como Amapá, Leste do Pará e Tocantins, a previsão indica pouca ou nenhuma chuva, situação que está dentro do esperado para o período. Ainda assim, no Sudeste do Pará e no Tocantins, a falta de chuvas já persiste há algum tempo, o que deve agravar a estiagem nessas áreas.

Embora haja pontos isolados com anomalias negativas de precipitação, de forma geral, a expectativa é de que as chuvas fiquem dentro da média para o período, sem comprometer as operações em campo previamente programadas.

Região Nordeste

O cenário será semelhante ao registrado no último mês – com a previsão de chuvas fracas na Zona da Mata e no Agreste, com acumulados de até 25mm.

O Meio-Norte e o Sertão devem permanecer secos, sem previsão de chuvas ao longo da semana, o que tende a intensificar a estiagem nessas áreas. Ainda assim, o volume de precipitações irá se manter dentro do esperado para o período.

Esse quadro favorece a conclusão da colheita de algodão na Bahia e no Maranhão, mas, por outro lado, agrava ainda mais as condições das pastagens em importantes praças pecuárias.

Região Centro-Oeste

Mato Grosso do Sul e o Oeste de Mato Grosso serão beneficiados por chuvas nesta semana que, apesar de leves, devem ocorrer de forma regular. Em Mato Grosso do Sul, ao longo de agosto, houve registros de precipitações esporádicas, que, mesmo fracas e irregulares, trouxeram certo alívio para algumas áreas do estado. 

Já em Mato Grosso, o cenário foi distinto, marcado pela ausência de chuvas na maior parte do mês. Assim, as precipitações previstas, ainda que modestas  – com acumulados de até 25mm, devem mitigar parcialmente a seca que vinha persistindo, embora insuficientes para promover melhorias expressivas, essas chuvas já representam um alento para as pastagens locais e para o início da programação da semeadura da safra de verão 2025/26.

Por outro lado, o Leste de Mato Grosso e Goiás permanecerão secos, como ocorreu ao longo de agosto. A continuidade da estiagem segue agravando as condições das pastagens nessas áreas. Entretanto, a expectativa é de que as chuvas retornem de forma gradual na segunda quinzena do mês.

O prognóstico está dentro do padrão esperado para o período, sem indicação de anomalias, e as chuvas previstas não devem atrasar a finalização da colheita da safra de inverno.

Região Sudeste

As chuvas retornam aos poucos para São Paulo e Minas Gerais. No Rio de Janeiro e Espírito Santo, agosto registrou bons volumes de precipitação, enquanto em São Paulo e Minas Gerais o mês foi marcado por estiagem, com chuvas esporádicas em pontos isolados, porém insignificantes.

Para a segunda semana de setembro, a previsão indica chuvas modestas, mas regulares, no Leste de São Paulo, Sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro, com acumulados de até 25mm. 

Assim como em outras localidades, mesmo que leves, essas precipitações trazem alívio para áreas que enfrentavam seca prolongada, contribuindo para a recuperação da umidade do solo, irrigação das pastagens e redução do risco de queimadas severas.

Por outro lado, o Espírito Santo e o Norte de Minas Gerais permanecerão sem chuvas durante a semana.

De maneira geral, o cenário de precipitações segue dentro do esperado para o período, com exceção do extremo Sul de São Paulo, onde há anomalias negativas. Apesar das chuvas, a colheita da safra de inverno segue sem prejuízos.

Região Sul

As chuvas permanecem consistentes no Sul do país, mas, em comparação à primeira semana de setembro, devem apresentar menor intensidade na próxima semana.

A previsão indica precipitações constantes e bem distribuídas nos três estados da região, com acumulados entre 25mm e 35mm. No entanto, o volume ficará abaixo da média para o período, resultando em anomalias negativas em pontos isolados, o que não trará prejuízos.

Figura 1.
Mapa de precipitação total prevista de 9/9/2025 até 15/9/2025 (mm).

Fonte: NOAA

Figura 2.
Mapa de anomalias de precipitação prevista de 9/9/2025 até 15/9/2025 (mm).

Fonte: NOAA