Exportações de inseticidas impulsionam a presença brasileira no mercado latino-americano.
Foto: Freepik
As exportações de inseticidas do Brasil têm crescido desde 2020. Considerando o primeiro semestre de 2025, foram exportados 1,9 mil toneladas, um aumento de 13,1% em relação ao mesmo período de 2024. O faturamento foi de US$30,6 milhões, um crescimento em comparação ao primeiro semestre de 2024, quando o faturamento foi de US$29,7 milhões (figura 1).
Figura 1. Exportações brasileiras de inseticidas - acumulados do primeiro semestre por ano, em volume (toneladas) e faturamento free on board (US$ milhões).
Fonte: Comex / Elaboração: Scot Consultoria.
Observação: O número não incluí inseticidas domissanitários, aqueles destinados a uso doméstico e residencial.
Quanto ao destino, o México se destaca com a importação de 449,3 toneladas de inseticidas, o que representa 23,2% do total, seguido pelo Paraguai, com 350,3 toneladas, ou 18,2% (figura 2).
Os números são semelhantes aos de 2024, com a América Latina sendo a principal região importadora. A Argentina, o Paraguai e o México importaram, no ano, 1.165,8, 706,9, e 603,1 toneladas de inseticidas, respectivamente, sendo os três principais importadores (figura 3).
No caso do México, por exemplo, observa-se um alto consumo de inseticidas, para uso na cultura do milho e de outras culturas. Acordos comerciais que favorecem a aquisição dos insumos brasileiros.
Além disso, países latino-americanos compram do Brasil porque o país possui uma indústria de pesticidas consolidada, oferece produtos pós-patente com preços competitivos e aproveita a proximidade geográfica e logística para suprir mercados vizinhos.
Figura 2. Dez importadores de maior relevância em 2025, considerando os meses de janeiro a junho, em toneladas.
Fonte: Comex / Elaboração: Scot Consultoria.
Figura 3. Dez importadores de maior relevância em 2024, considerando o ano inteiro, em toneladas.
Fonte: Comex / Elaboração: Scot Consultoria.
São Paulo tem sido o principal exportador em 2025, com 1.544,8 toneladas, ou 80,2% do total (figura 4).
Figura 4. Principais estados exportadores de inseticidas em 2025, em toneladas.
Fonte: Comex / Elaboração: Scot Consultoria.
Conforme o segundo semestre avança, espera-se um aumento da exportação, impulsionada pelas safras da região. Na Argentina, a safra de trigo, que ocorre entre setembro e novembro, demanda uso de defensivos para garantir produtividade e controle de pragas. No Paraguai, o destaque é para a safra de soja, cuja semeadura se inicia entre setembro e outubro. Esses períodos críticos elevam a demanda por insumos brasileiros, favorecida pela proximidade e pelos preços competitivos.
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