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Carta Boi - Boi brasileiro mais competitivo no mercado externo


Segunda-feira, 8 de abril de 2013 - 18h11

Na edição 108 da Carta Boi, analisamos a competitividade do boi brasileiro no mercado externo, através dos preços da arroba em dólares.


À época, a cotação do boi brasileiro estava encostada na norte-americana e bem acima da australiana, em uma situação desfavorável em termos de preço. Para acessar esta análise, clique aqui.


Um ano e meio depois, a situação está bem diferente. Em virtude disso, reanalisamos este mercado, para averiguarmos a posição da arroba brasileira no mercado internacional.


Exportações aquecidas


Os embarques de carne bovina in natura no primeiro trimestre de 2013 foram os maiores desde 2008.


Foram exportadas 250,60 mil toneladas métricas, frente a 187,16 mil toneladas métricas no mesmo período de 2012, um aumento de 33,9%. Figura 1.



Apesar do início lento em 2012, ressaltamos que as exportações totais foram maiores frente a 2011.


Se este ritmo se mantiver, teremos em 2013 o segundo ano consecutivo de crescimento das exportações em relação ao ano anterior.


Essa recomposição dos embarques tem ocorrido em um cenário em que o boi brasileiro está mais barato diante de países pecuários concorrentes.


Mais competitivo

No segundo semestre de 2011, o preço relativamente elevado da arroba brasileira em dólares, verificado em julho, começou a cair. 


Na época, o preço da arroba do boi no Brasil estava maior que a arroba do boi norte-americano. Figura 2.



As setas vermelhas na figura 2 indicam a posição da arroba brasileira, que mudou bastante desde meados de 2011.


No final de julho de 2011, estava 7,0% mais cara na comparação com os Estados Unidos, e 25,1% maior em relação à arroba australiana.


Hoje, a arroba do bovino no Brasil está 33,9% mais barata que a norte-americana e somente 4,0% mais cara que a australiana.


Frente à uruguaia, a situação também mudou bastante, em virtude da queda da cotação brasileira e dos preços sustentados da arroba no país vizinho. 


Os fatores de mercado que explicam a alteração drástica deste gráfico (EUA e Brasil) são a crise climática nos Estados Unidos, que encareceu o produto, e o ciclo de baixa de preço do boi brasileiro, em conjunto com a desvalorização do câmbio de lá para cá.


Além da ligeira queda do boi desde o fim de julho de 2011 - à época o boi estava cotado em R$101,50/@, a prazo - neste mês o dólar valia R$1,56, frente a R$1,98 em março de 2013, variação de 26,9%.

Considerações finais

Neste contexto de preços mais competitivos, as oportunidades no mercado externo melhoraram, ajudando, assim, a escoar a produção nacional. 


A melhoria da competitividade está sendo alcançada principalmente às custa de preços internos deprimidos para o boi e para a carne, em razão do mercado ofertado.



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