Problemas sociais - soluções liberais
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A diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Magda Chambriard, confirmou, no último dia 17, que o percentual de etanol na gasolina passará de 20% para 25%. Segundo a notícia, o aumento na mistura é para aliviar o impacto na inflação de um eventual reajuste no preço da gasolina, bem como reduzir a necessidade de importação daquele combustível.
Há anos, governo e usineiros, de olho exclusivamente nos interesses destes últimos, estão brincando de aumentar e diminuir a mistura de álcool na gasolina, em detrimento dos interesses dos consumidores, a quem jamais foi dado o direito de escolher o melhor combustível para o seu automóvel. Ao contrário, os donos de carros sofrem com problemas de desempenho e consumo cada vez que os mandachuvas do país resolvem brincar de planificar o mercado.
Dizer que o aumento do etanol na gasolina serviria para aliviar as importações ou amenizar possíveis impactos inflacionários é desculpa esfarrapada. A decisão está, muito provavelmente, ligada à baixa do preço do açúcar no mercado internacional. Basta olhar os números e as datas para ver que essas decisões respondem muito mais aos interesses dos usineiros do que aos da sociedade. A última redução da mistura (de 25% para 20%), por exemplo, se deu logo após uma alta acentuada do açúcar, em meados de 2011, quando, não por acaso, chegou a faltar etanol no mercado interno.
Já está mais do que na hora de acabar com esse controle autoritário sobre a distribuição de gasolina e deixar que as empresas distribuidoras ofereçam diversas opções de produtos ao mercado. Os consumidores que escolham as melhores alternativas, de acordo com seus orçamentos e a qualidade pretendida. Deixar nas mãos do governo esse tipo de decisão é sinônimo de preços altos, escassez e, last but not least, intenso lobby.
Por João Luiz Mauad
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