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Scot Consultoria

Gasolina adulterada


Quinta-feira, 31 de janeiro de 2013 - 17h26

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


A diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Magda Chambriard, confirmou, no último dia 17, que o percentual de etanol na gasolina passará de 20% para 25%.  Segundo a notícia, o aumento na mistura é para aliviar o impacto na inflação de um eventual reajuste no preço da gasolina, bem como reduzir a necessidade de importação daquele combustível.


Há anos, governo e usineiros, de olho exclusivamente nos interesses destes últimos, estão brincando de aumentar e diminuir a mistura de álcool na gasolina, em detrimento dos interesses dos consumidores, a quem jamais foi dado o direito de escolher o melhor combustível para o seu automóvel.  Ao contrário, os donos de carros sofrem com problemas de desempenho e consumo cada vez que os mandachuvas do país resolvem brincar de planificar o mercado.


Dizer que o aumento do etanol na gasolina serviria para aliviar as importações ou amenizar possíveis impactos inflacionários é desculpa esfarrapada. A decisão está, muito provavelmente, ligada à baixa do preço do açúcar no mercado internacional.  Basta olhar os números e as datas para ver que essas decisões respondem muito mais aos interesses dos usineiros do que aos da sociedade. A última redução da mistura (de 25% para 20%), por exemplo, se deu logo após uma alta acentuada do açúcar, em meados de 2011, quando, não por acaso, chegou a faltar etanol no mercado interno.


Já está mais do que na hora de acabar com esse controle autoritário sobre a distribuição de gasolina e deixar que as empresas distribuidoras ofereçam diversas opções de produtos ao mercado.  Os consumidores que escolham as melhores alternativas, de acordo com seus orçamentos e a qualidade pretendida.  Deixar nas mãos do governo esse tipo de decisão é sinônimo de preços altos, escassez e, last but not least, intenso lobby.


Por João Luiz Mauad


 


 



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