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Scot Consultoria

Tudo errado


Quarta-feira, 30 de janeiro de 2013 - 10h44

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


As medidas adotadas pela presidente Dilma no setor elétrico estão todas erradas. Elas denotam a visão míope desse governo, que parece abraçar como poucos a máxima de Keynes: "No longo prazo estaremos todos mortos". Um estadista, conforme sabia Churchill, preocupa-se com as próximas gerações, enquanto um populista só pensa nas próximas eleições. Dilma fez claramente sua escolha.


O desconto na conta de luz ignora os riscos que isso acarreta para o futuro do setor. Faltarão recursos para investimento em geração. A conta será paga pelas estatais, que desabaram na bolsa. Até o BNDES, sempre ele, deve assumir parte da fatura, comprando crédito de recebível de Itaipu. É o futuro sendo hipotecado no afã de estimular um pouco mais a capenga economia no curto prazo.


A forma que a presidente escolheu para o anúncio das medidas comprova seu total viés eleitoreiro. Confundindo governo com nação e estado com partido, Dilma adotou um tom extremamente político em cadeia nacional de rádio e televisão, usando o governo para fazer campanha eleitoral. Ainda prometeu o que não tem como cumprir, uma vez que há, sim, risco de racionamento se não chover. E Dilma controla muitas coisas, mas não o clima.


A FIESP pode celebrar, assim como alguns consumidores leigos em economia ou igualmente míopes. Mas aqueles com maior esclarecimento sabem que empurrar custos para frente pode ser como jogar uma bola de neve morro abaixo: o risco de avalanche não é nada desprezível.


Por Rodrigo Constantino



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