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Scot Consultoria

Estados Unidos têm a maior seca dos últimos 50 anos e seus efeitos se alastram pelo mundo


Quarta-feira, 23 de janeiro de 2013 - 14h36

Engenheira agrônomo pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – USP. Analista junior de mercado do boi gordo, reposição, carnes, leite e derivados, grãos, algodão e insumos agrícolas.


Muitos pecuaristas, especialmente na parte sudeste do país, estão enfrentando um desafio com a alimentação de seus animais durante o inverno, resultado do verão seco que trouxe um feno de baixa qualidade.


Em 2012 os Estados unidos passaram pela maior seca dos últimos 50 anos, assolando a maior parte do país e diminuindo as previsões das colheitas.


O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou em maio de 2012 uma safra de milho de 375,68 milhões de toneladas. Após o evento climático, as colheitas não passaram de 273,83 milhões de toneladas, de acordo com o relatório divulgado em janeiro. As perdas foram de 27,1%.


Para a soja a situação não foi diferente. Em maio o USDA projetou a safra 2012/2013 em 87,23 milhões de toneladas de soja, mas de acordo com o relatório divulgado em janeiro de 2013, a colheita caiu para 82,06 milhões de toneladas, queda de 5,9%.


"O programa de alimentação em 2012/2013 tem sido um dos mais desafiadores que já tivemos" diz Ben Hamm, especialista em desenvolvimento de negócios na empresa Manitoba Agriculture, na cidade de Vita. "Esta área geralmente tem excesso de alimentação para o gado, como pastagens e feno, mas agora estamos definitivamente passando por um momento difícil".


Com a quebra da safra nos Estados Unidos, os grãos se valorizaram no mundo todo. No Brasil, a soja começou 2012 cotada em R$48,00/saca de 60kg, chegando a seu pico de preços em setembro, negociada por R$92,00/saca, aumento de 91,7%.


Em 2012, o milho teve sua menor cotação em abril, R$23,70/saca, e chegou ao seu preço máximo em dezembro, quando foi negociado por R$35,60/saca. A valorização foi de 50,2% no período.


Se por um lado os produtores de grãos se viram numa situação favorável, os pecuaristas se complicavam cada vez mais, na medida em que os preços dos grãos subiam. O milho compõe a ração do gado norte-americano, elevando os gastos com alimentação.


"Fomos forçados a lidar com uma situação alimentar precária e fornecer alimentos de baixa qualidade ao gado, situação atípica na região", diz Hamm. O aumento da quantia de palha fornecida ao gado é desafiador, pois há alguns riscos associados.


A composição da palha deixa a desejar tanto nas quantidades de proteína quanto de energia fornecidas.


Fonte: Farms.com. Pela Redação. 11 de janeiro de 2013.


Traduzido, comentado e adaptado por Maisa Vicentin, estagiária da Scot Consultoria.



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