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Scot Consultoria

Parecer sobre o mercado de sorgo - outubro/12


Quarta-feira, 24 de outubro de 2012 - 16h50

Zootecnista, formado pela Universidade Estadual Paulista – UNESP, Câmpus de Ilha Solteira-SP, mestre em Administração de Organizações Agroindustriais pela UNESP, Câmpus de Jaboticabal-SP. É analista e consultor de mercado da Scot Consultoria. Coordena as divisões de pecuária de leite, grãos e avaliação e perícia. Editor-chefe do Relatório do Mercado de Leite, publicação da Scot Consultoria. Atuação nas áreas de análises, estabelecimento de cenários, estratégias de mercado, realização de projeções de preços, oferta, demanda, análises setoriais e pesquisa de opinião e imagem. Ministra aulas, palestras, cursos e treinamentos nas áreas de mercado de leite, boi, grãos e assuntos relacionados à agropecuária em geral.


A área plantada de sorgo no Brasil diminuiu 4,0% em 2011/2012 em relação à 2010/2011, totalizando 785,1 mil hectares. Em Goiás, maior produtor nacional, a redução da área plantada chegou a 8,1%.


A produção nacional está estimada em 2,20 milhões de toneladas. Este volume é 4,7% menor que o colhido em 2010/2011. Os números são da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB).


A colheita do sorgo está finalizada no país.


Além da redução da área plantada, a produtividade foi ligeiramente menor (0,8%) na temporada que se encerrou.


A procura está maior que a oferta no Sudeste e Centro-Oeste. A situação é mais complicada em Goiás.


A alta do milho em julho e agosto provocou uma maior procura por sorgo, em especial nas regiões de confinamento.


Ainda tem alguma coisa em estoque, mas o produtor está segurando, sem pressa para negociar. As atenções agora estão voltadas para o plantio da soja 2012/2013. Os vendedores devem voltar ao mercado a partir do começo do ano que vem.


Os preços do sorgo em São Paulo giram em torno de R$23,00 por saca de 60kg. Em Minas Gerais a saca está cotada em R$22,00 e, em Goiás, os negócios giram em torno de R$20,00/saca.


Para entrega imediata somente em volumes pequenos. Foram relatados em estoques volumes entre 3 mil e 5 mil sacas, bem como entre 25 mil e 30 mil sacas.


Para grandes volumes as empresas estão trabalhando com um prazo maior de entrega, que vai depender da localização e do volume.


Conclusões


A procura por sorgo foi maior este ano. A alta do milho no período de grande demanda pelos confinamentos aumentou a procura por alimentos alternativos.


Foi assim com a polpa cítrica. Quem não fechou contrato prévio teve dificuldade para encontrar o produto e prazos maiores para entrega.


Houve redução da produção de sorgo na temporada que se encerrou, em função da menor área plantada e queda na produtividade. Este quadro colaborou para uma oferta menor na temporada.


Há sorgo estocado, mas pouco. O produtor não tem pressa em vender. O mesmo ocorre para o milho, com o agricultor focado no plantio de verão (2012/2013).


*Colaborou Paola Jurca Grígolli, engenheira agrônomo, trainee Scot Consultoria.



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