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Scot Consultoria

As cotas nas universidades federais e a meritocracia


Sexta-feira, 24 de agosto de 2012 - 11h04

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


Um grupo de estudantes articulou via rede social o protesto "Não cotas, sim educação" que aconteceu em frente à Assembleia Legislativa de Goiás, no Setor Oeste, em Goiânia, neste domingo (19). O objetivo dos manifestantes, que se vestiam de verde para representar o "Brasil e a esperança", é protestar contra a lei aprovada no senado federal que determina a reserva de 50% das vagas nas instituições federais para egressos de escolas públicas.


A aprovação de 50% das cotas para os alunos provenientes das escolas públicas vai ter as seguintes consequências:


1. Perda da qualidade dessas universidades.


2. Perda da autonomia universitária, garantida na Constituição.


3. Queda da qualidade dos profissionais no Brasil, com reflexos na produtividade.


4. Aumento das reprovações nos cursos dessas universidades, superlotando as turmas dos primeiros anos.


O STF decidiu que é constitucional o estabelecimento de cotas, violando uma cláusula pétrea da Constituição que garante a igualdade de todos os cidadãos, baseando-se no fato de que a desigualdade já existia em razão da diferença de oportunidades entre ricos e pobres. Em vez de proporcionar igualdade de qualidade de educação para os pobres melhorando os ensinos fundamental e médio nas escolas públicas, resolve-se piorar a qualidade das universidades para assegurar a desejada igualdade.


O certo seria proporcionar educação de qualidade nas escolas públicas do ensino fundamental e médio, em nível igual ao das escolas privadas. No entanto, os políticos não desejam que o povo seja instruído e informado porque, se isso ocorresse, os representantes do povo seriam outros. É preferível uma medida demagógica que dê uma "chance" aos coitadinhos. Os que realmente desejam uma educação de bom nível nas escolas públicas, com raras exceções, não lutam por essa melhoria, porque os resultados não viriam em curto prazo e ninguém está interessado nas próximas gerações e sim nas próximas eleições e seria necessário mudar o sistema de gestão nessas escolas com medidas nem sempre populares.


Os erros começam com a gratuidade das universidades públicas. Elas deveriam ser pagas, com bolsas generosas e em grande número para todos os que não pudessem pagar e demonstrassem bom aproveitamento.


Nenhum país consegue progredir sem privilegiar a meritocracia.


Por Francisco Lacombe



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