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Scot Consultoria

O mundo está “acabando com os agricultores”


Terça-feira, 19 de junho de 2012 - 15h02

Editor e publisher.


Recebi e-mail do amigo Fernando Penteado Cardoso, engenheiro agrônomo da turma de 1936, da gloriosa ESALQ, e um dos melhores colaboradores deste combativo e insistente blog. No e-mail o Dr. Cardoso informa a visão de Jim Rogers, um dos gigantes especuladores de commodities no planeta.


Traduzi e editei a notícia, publicada no MoneyNews/EUA:


http://www.moneynews.com/Economy/rogers-world-farmers-food/2012/05/31/id/440775


O mundo está "acabando com os agricultores"


"Produtos agrícolas de base irão servir como investimento lucrativo nos próximos anos", diz o notável investidor de commodities Jim Rogers.


As economias não sobreviverão bem até que as grandes nações industrializadas paguem suas dívidas e tornem suas economias mais competitivas, o que não vai acontecer da noite para o dia.


Mas as pessoas precisam comer e, considerando que a procura tem aumentado, com as economias emergentes, como China e Índia, que crescem e trazem milhões de pessoas da pobreza, os preços aumentarão com a oferta reduzida, e esses preços já estão no limite.


"Há muitas maneiras de investir na agricultura. Você pode comprar terras agrícolas, você pode investir em empresas de sementes, empresas de fertilizantes, empresas de tratores - mas o melhor é se tornar um fazendeiro", diz Rogers.


Os investidores não devem limitar-se aos mercados dos Estados Unidos. Você pode investir em países agrícolas - Canadá é mais agronomicamente orientado do que somos nos EUA. Assim é a Austrália. Há muitas maneiras de investir na agricultura. A melhor maneira é tornar-se um agricultor ou investir em produtos para a agricultura.


Temos uma escassez de agricultores. A idade média dos agricultores na América e na Austrália é de 58 anos, no Japão é 66, e também no Canadá, os agricultores estão tão envelhecidos como nunca foram na história registrada.


O mundo está jogando fora do mercado os futuros agricultores, e assim os preços dos produtos agrícolas têm que ir para o alto, advertiu. Ou nós não vamos ter qualquer alimento disponível, mesmo a qualquer preço.


Os preços têm de seguir elevados para atrair trabalho, capital e gerenciamento para agricultura. Mais pessoas na América contemporânea estudam educação física ou relações públicas ao invés de agricultura. Nós temos um enorme problema aí pela frente.


Comentário do "blogueiro"


Essa questão do envelhecimento dos produtores rurais é que me fez escrever o livro "Meu filho, um dia tudo isso será teu", juntamente com o advogado Fábio Lamônica Pereira, para alertar aos produtores e seus filhos de que é sempre tempo de preparar a sucessão nas propriedades rurais, mas "enquanto as mãos estão quentes", pois deixar a sucessão para ser resolvida por inventários só desestimula os herdeiros, por vezes tornando irmãos verdadeiros inimigos. Os herdeiros, por falta de preparo, por ausência de vocação e aptidão para o trabalho com a terra, querem a herança e o patrimônio, mas não pretendem continuar o trabalho na terra.


Esclareço que demorei cerca de 9 anos para escrever este livro, mas verifico, escandalizado, que muitos inventários demoram mais tempo do que isso para serem finalizados, deixando nesse meio tempo no mínimo 20% do valor do patrimônio nas mãos de advogados, impostos e taxas cartorárias.


O livro já está esgotando a 2ª impressão, agora em julho, e deverá ter uma 3ª impressão, ou então terá a 2ª edição revisada e ampliada, e também 3ª impressão, se o novo parceiro do livro, Francisco Vila, entregar seu novo capítulo até lá.



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