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Scot Consultoria

O peso de ser brasileiro


Terça-feira, 12 de junho de 2012 - 18h45

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


A cidade de São Paulo tem passado por uma série de arrastões, incluindo bancos, edifícios, shopping centers e até mesmo restaurantes. Recentemente, dois restaurantes localizados no bairro de Higienópolis, uma área "supostamente" segura da cidade, passaram pela mesma situação. O sentimento de insegurança atinge agora quase uma paranoia.


No dia seguinte, ao assistir aos programas jornalísticos na televisão, observo, estarrecido diante da inação do governo, a uma reportagem dando dicas sobre coisas a não se fazer num restaurante.


Dentre as várias sugestões, eram mencionadas: não andar com celulares à mostra, não usar relógios, joias ou carteiras. Inclusive, era recomendado às pessoas portarem o mínimo possível de coisas e a terem uma postura defensiva ao caminharem em direção aos restaurantes. Os bandidos lograram ditar a moda, o comportamento e o estilo das pessoas. Venceram a batalha.


Ao refletir sobre a situação, embora não seja a melhor fonte acadêmica, recorri à definição de Estado Falido encontrada na Wikipédia. De lá cito:


"Um estado falido é um termo político que designa um país no qual o governo é ineficaz e não mantém de fato o controle sobre o território, em função de altas taxas de criminalidade, corrupção extrema, um extenso mercado informal, judiciário ineficaz, interferência militar na política e presença de grupos armados paramilitares ou organizações terroristas controlando de fato parte ou todo o território."


Confesso que, ao me deparar com a definição acima e diante da violência em São Paulo e do total descontrole da situação, passei a ter a plena convicção de que se o Brasil, ou o estado de São Paulo, em particular, não é um estado falido, caminha a passos largos nesse sentido.


E qual é a receita, então? Parece-me haver algumas: refundar o Brasil, aposentar todos os políticos que nos colocaram nesta situação e dar um choque de eficiência no Judiciário, com penas reais e fortes, que desestimulem a criminalidade. O famoso discurso social que estes governos nos têm imposto desde 1985 têm sido um verdadeiro desastre para o Brasil. Por isso, aqui fica registrado o conselho: nas eleições, aposente um político.


Vivemos num tremendo país, abundante em recursos e totalmente travado. Como pode a 6ª maior economia do mundo ser classificada como a 74ª no Índice Global de Paz, dentre 153 países? Como pode o Brasil ser um país tão violento e abandonado? Impressiona-me, ainda, o fato de nós, brasileiros, sermos tão complacentes com toda a situação. O que será que houve?


Confesso que, quando vejo a enorme falha do Estado, num país que tem tantas vantagens e coisas a favor, sinto vergonha de ser brasileiro. Ser brasileiro e morar no Brasil, atualmente, é muito mais um ônus do que um bônus.


É hora de acertamos as contas. Se quisermos, efetivamente, melhorar a situação do país.


Por Marcus Vinícius de Freitas



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