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Scot Consultoria

Setor de carne bovina cresce e conquista novos mercados


Segunda-feira, 30 de abril de 2012 - 01h01

É professor titular de planejamento e estratégia na FEA/USP Campus Ribeirão Preto e coordenador científico do Markestrat.


O Brasil tem quase 210 milhões de cabeças de gado, em mais de 200 milhões de hectares de pasto.


Em dez anos, a produção de carne bovina passou de 3 para 10,3 milhões de toneladas, o que possibilitou ao país exportar 1,23 milhão de toneladas para mais de 140 países liderando, com 20% de participação, as exportações mundiais.


Em 2011 os embarques brasileiros de carne "in natura" somaram US$ 4,2 bilhões, um crescimento de 8% em relação a 2010.


Usando os dados de 2010, a cadeia gera uma movimentação financeira de US$ 167,5 bilhões e arrecada US$ 16,5 bilhões em impostos agregados, abastecendo cerca de 50 segmentos industriais com matérias-primas.


Somando os empregos diretos, indiretos e induzidos, a cadeia oferece 6,32 milhões de oportunidades.


Os pecuaristas representam um mercado anual de US$ 11,39 bilhões às empresas de insumos. Já os frigoríficos faturaram com carne e outros produtos cerca de US$ 42 bilhões, sendo 89% no mercado interno e 11% provenientes de exportações.


Cerca de US$ 1,1 bilhão foi obtido com as vendas de couros no mercado interno e as exportações geraram um faturamento para os curtumes de US$ 1,7 bilhão.


Os dados fazem parte de uma ampla pesquisa da cadeia produtiva da carne bovina, realizada em parceria entre a FEA-USP, a Markestrat e a Scot consultoria, com financiamento da Abiec (associação dos exportadores de carne).


Inovações trazem um salto tecnológico na pecuária. Os desafios são ligados a disseminação de tecnologia com foco no aumento de produtividade, melhoria da qualidade e redução dos custos de produção e melhoria na coordenação da cadeia.


As oportunidades são grandes. O Brasil é líder mundial atuando em menos da metade do mercado global. Não vende carne "in natura" para americanos e japoneses, que estabelecem barreiras técnicas e sanitárias, e os EUA mais uma vez apresentaram um caso de vaca louca.


Mercados emergentes são muito promissores. Os chineses ainda consomem 4,7 kg/habitante/ano, ante 46 kg no Brasil.


O Brasil cresce ao inovar na diferenciação da carne bovina no exterior, criação de marcas e selos, garantindo oferta de produtos de maior valor agregado, com certificação e rastreabilidade, informação detalhada sobre criação e nutrição, emissões realizadas e mitigadas, entre outras questões de interesse desse consumidor. É o boi brasileiro conquistando o mundo e trazendo os agrodólares do desenvolvimento.



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