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Scot Consultoria

Produção e comercialização do leite tipo B não foram interrompidas, garante representante do setor


Quarta-feira, 21 de março de 2012 - 10h15

Zootecnista, formado pela Universidade Estadual Paulista – UNESP, Câmpus de Ilha Solteira-SP, mestre em Administração de Organizações Agroindustriais pela UNESP, Câmpus de Jaboticabal-SP. É analista e consultor de mercado da Scot Consultoria. Coordena as divisões de pecuária de leite, grãos e avaliação e perícia. Editor-chefe do Relatório do Mercado de Leite, publicação da Scot Consultoria. Atuação nas áreas de análises, estabelecimento de cenários, estratégias de mercado, realização de projeções de preços, oferta, demanda, análises setoriais e pesquisa de opinião e imagem. Ministra aulas, palestras, cursos e treinamentos nas áreas de mercado de leite, boi, grãos e assuntos relacionados à agropecuária em geral.


Depois de decretar o fim do leite B no começo do ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) voltou atrás e garante que a produção está mantida até 2014. O pedido foi feito por representantes do setor depois da publicação da Instrução Normativa 62, que estabeleceu novos padrões de qualidade de leite e deixou de fora esse tipo de produto. Em uma reunião da Câmara Setorial nesta terça, dia 20, em São Paulo, o presidente da associação Leite Brasil, Jorge Rubez, foi categórico ao afirmar que a produção, a comercialização e o consumo do tipo B não foram interrompidos. São Paulo é responsável por 30 milhões dos 44 milhões de litros do tipo B produzidos no país por ano. Representantes dos criadores e da indústria querem agora que o governo edite outra normativa, específica para a variedade. A proposta é que a bebida tenha índices de qualidade que cheguem, no máximo, a 80% do que estabelece a IN 62 (leia mais abaixo). O processo está em andamento em Brasília. O alimento, no entanto, é produzido cada vez menos no Brasil. Em 2007, o volume total de litros era de 124 milhões. Atualmente, o número chega a apenas 44 milhões no ano. Ao mesmo tempo, ocorreu o tipo inverso com o tipo A, considerado de melhor qualidade: dos 21 milhões de litros produzidos há cinco anos, o desempenho saltou para 34 milhões. – Eu não vejo a necessidade de você ter uma fazenda padronizada pro leite b, ou fiscalizada pro leite b. O que é importante pro consumidor é o leite que a gente recebe na plataforma. E ele está em melhores condições do que estava o B antes – avalia Antonio Julião Damásio, presidente de uma cooperativa de Sorocaba. Saiba mais O leite tipo B é um pasteurizado, o que significa que passa por um processo rigoroso, a altas temperaturas. Pode ser encontrado em saquinho ou em caixinha. Desde o dia 1° de janeiro, a Instrução Normativa 62 estabelece regras mais rigorosas para a produção de leite no Brasil, da captação até o beneficiamento nos laticínios. Antes, o que valia era a IN 51, que concedia tolerância nos índices de bactérias e de células somáticas no leite de até 750 mil por mililitro. Com a mudança, são aceitos, no máximo, 600 mil. O controle destes dois microrganismos é referência para determinar a qualidade do leite. O que acontece é que a nova instrução não fez qualquer referência ao leite tipo B, o que foi interpretado como uma exclusão. Sendo assim ele, não poderia mais ser comercializado. Fonte: Canal Rural. 21 de março de 2012.
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