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Aumento das exportações de lácteos do Uruguai preocupa o setor no Brasil


Sexta-feira, 2 de setembro de 2011 - 11h38

Colaborou João Henrique Buschin - graduando em zootecnia


Segundo o Instituto Nacional do Leite do Uruguai, o volume de leite produzido no país no primeiro semestre de 2011 foi de 765,5 milhões de litros, 16,0% mais em relação ao mesmo período de 2010, quando foram captados aproximadamente 660 milhões de litros. A produção de leite uruguaia está entre as mais competitivas do mundo, com um custo de produção ao redor de US$0,25 por litro de leite. O custo no Brasil varia entre US$0,30 e US$0,40 por litro, dependendo do sistema de produção. O Uruguai é reconhecido no mercado internacional de lácteos, exportando 70,0% do total produzido. Os principais produtos embarcados são: leite em pó integral e desnatado, queijos e manteiga. O Brasil é um dos maiores importadores. Comprou quase 40,0% do total exportado de leite em pó pelo Uruguai no acumulado até julho de 2011 (figura 1). Os produtores uruguaios estão respondendo a maior demanda, principalmente do mercado internacional. O reflexo pode ser visto através do aumento da produção no país. O Uruguai acumulou receita de US$320,1 milhões em exportação de lácteos nos primeiros sete meses deste ano. Um crescimento de 29,0% em relação ao mesmo período de 2010. Para se ter ideia, em julho deste ano, O Brasil importou 94% do total de leite em pó desnatado exportado pelo Uruguai. Os produtos uruguaios, em geral, são mais baratos que os brasileiros, com isso, ganham espaço na indústria de alimentos. Diante deste cenário, o governo brasileiro estuda formas para impor cotas aos produtos lácteos vindos do Uruguai e do Mercosul de uma forma geral. Atualmente as exportações argentinas de leite em pó para o Brasil são limitadas em 3,3 mil toneladas. Os Argentinos querem aumentar a cota e o governo brasileiro, é claro, reduzir. A renovação deste acordo com a Argentina será discutida em reunião no dia 15 de setembro em Buenos Aires. Participarão representantes do setor privado, membros do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Fala-se um possível acordo também com o Uruguai, mas nada de concreto até o momento. Segundo o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), é impossível ser competitivo em um mercado sem a restrição das cotas, pois isso desestimula a cadeia produtiva brasileira.
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