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Scot Consultoria

O estado meliante


Sexta-feira, 30 de março de 2012 - 17h22

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


Por Marcus Vinicius de Freitas Recentemente, a cidade de São Paulo alterou o limite de velocidade, reduzindo a média de 70 para 60 quilômetros por hora, sob a alegação de uma “suposta” melhoria nos níveis de segurança nas vias públicas. Ao mesmo tempo, a Administração Municipal anunciou que gastará R$36,5 milhões, em 2012, na compra de uma quantidade enorme de radares para aumentar a fiscalização. Com esta medida, a Administração Municipal pretende arrecadar quase R$850 milhões com as infrações de trânsito durante o ano. Poderia a mensagem ser mais inconsistente? Numa cidade cada vez mais lenta, ao invés de se melhorar a qualidade das vias públicas, com obras de infraestrutura e inteligência de tráfego, o governo municipal não só trava a cidade, como cria mecanismos para extorquir, ainda mais, o contribuinte. A afirmação da suposta melhoria na segurança é utilizada para manipular a população, enganada por esse tipo de discurso, sem a devida correspondência na qualidade dos serviços públicos prestados. As ruas continuam sem faixas, esburacadas, com semáforos que não funcionam, enorme deficiência na sinalização e um exército de fiscais ávidos por aumentar a arrecadação de um estado cada vez maior e incompetente. Há muito tempo se tornou uma prática do estado brasileiro utilizar meias verdades para enganar o contribuinte. Essas meias verdades sempre implicam no assalto ao bolso do cidadão, sem a devida contrapartida. O Brasil se transformou no país da “pegadinha do malandro”, com a administração pública, em todos os níveis, usando-se da suposta melhoria de um determinado aspecto para aumentar a tributação e o tamanho do estado ineficiente. É preciso o Brasil acordar para o fato de que os impostos e o Custo Brasil sepultarão o futuro do país e de seu grande potencial, agora reconhecido internacionalmente. Enquanto o Brasil for o país da pegadinha e do poder público desonesto, seu futuro e destino estarão seriamente comprometidos. O que fazer, então? Em primeiro lugar, dizer não à extorsão e à falta de seriedade naquilo que os agentes políticos afirmam. O estado não detém o monopólio da verdade e cabe aos cidadãos questionar toda e qualquer medida que vise unicamente aumentar a arrecadação. Em segundo lugar, os cidadãos precisam organizar-se, coletivamente, no sentido de não pagar pelo peso excessivo do estado. Precisamos, verdadeiramente, de um “Tea Party” ou, como foi em nossa época colonial, de uma derrama, no sentido de afirmar ao poder público que não é mais possível seguirmos nesse processo de enganos e extorsões. A seriedade do estado e a responsabilidade com as finanças públicas são o primeiro compromisso de todo governante. Se os partidos políticos não sabem defender esta bandeira, está na hora de o cidadão retomar aquele que é o seu direito: pagar menos impostos e, por aquilo que recolher, ter a devida contrapartida nos serviços públicos. Precisamos de um estado honesto e não um meliante.
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