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Se o governo não marcar data da votação do Código Florestal, marco eu, diz Presidente da Câmara


Quinta-feira, 22 de março de 2012 - 17h07

Amazônida, engenheiro agrônomo geomensor, pós-graduado em Gestão Econômica do Meio Ambiente (mestrado) e Geoprocessamento (especialização).


Os líderes partidários não chegaram a um acordo para votar nesta terça-feira o projeto da Lei Geral da Copa, prioridade do Executivo no Plenário. O presidente da Câmara, Marco Maia, disse que não há mais polêmicas sobre o texto, mas informou que diversos deputados pediram o adiamento da votação até que seja definida uma data para votar o novo Código Florestal. Maia disse que espera construir até amanhã um acordo sobre o código. “Marcar uma data não é problema. O que precisamos é fazer com que os líderes e o governo cheguem a uma posição e permitam a votação da proposta”, afirmou. Ele adiantou, porém, que se não houver um entendimento, vai definir sozinho a data de votação. O DEM e o PSDB prometeram obstruir as deliberações do Plenário, caso não seja definida a data de inclusão do Código Florestal na pauta. Segundo o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Moreira Mendes (RO), o PSD também vai seguir essa posição, o mesmo acontecendo com parlamentares ligados ao setor rural do PR, do PP, do PTB e do PMDB. “O governo não tem maioria para enfrentar a obstrução porque a base está dividida”, disse o líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA). O deputado defendeu a votação do Código Florestal até 11 de abril. Nessa data, vence o decreto que suspende as multas para produtores que descumpriram regras de preservação ambiental. Segunda a Agência Estado, o governo não gostou da forma adotada por Marco Maia para resolver o impasse. Na reunião de líderes Maia tranquilizou os que se posicionam ao lado da agricultura brasileira. "Com entendimento ou sem entendimento, eu vou marcar a data de votação do Código Florestal", garantiu o presidente da Câmara. A expectativa é que o Código Florestal entre na pauta em abril, logo após o feriado da Semana Santa. Sem acordo político, o projeto da Lei Geral da Copa acabou adiado. Em tempo, Marco Maia está mais próximo dos deputados e é mais sensível aos murmúrios da casa do que a Ministra Brucutu, Ideli Salvatti e a imprensa urbanóide. Maia sabe que mesmo depois de resolvida as questões políticas conjunturais com PMDB e PR, o Código Florestal ainda tem força suficiente para criar problemas ao governo caso ele insista em prejudicar a agricultura nacional. O Código Florestal sempre foi, e continua sendo, uma questão suprapartidária. Marco Maia sabe disso, a ministra, não.
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