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Scot Consultoria

Vem aí a maior ONG do mundo


Segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012 - 17h48

Amazônida, engenheiro agrônomo geomensor, pós-graduado em Gestão Econômica do Meio Ambiente (mestrado) e Geoprocessamento (especialização).


Diante da iminência de um retumbante fracasso na Conferência Rio+20 os ambientalistas tentam desesperadamente arranjar alguma coisa que cole para não sair com uma mão na frente e um dedo atrás. Diante desse desespero cresce a possibilidade de criação da Organização Mundial para o Meio Ambiente, uma espécie de super ONG. Segundo Nathalie Kosciusko-Morizet, ministra da Ecologia da França, mais de 100 países já apoiam o Saturno goyano. A ministra fez essa declaração durante um discurso na conferência internacional sobre a preparação para a Rio +20, em Paris, diante de representantes do Programa das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (PNUMA), da OECD e de mais de vinte países, além de empresários e ONGs. “Os vinte anos que seguiram após a Eco 92 não apresentaram avanços significativos em direção à sustentabilidade do modelo atual de desenvolvimento. A Rio +20 não será um sucesso se não propusermos uma reforma da governança mundial e o reforço do seu pilar ambiental”, enfatizou Nathalie. Repare no eufemismo para fracasso usado pela Ministra da Ecologia francesa. Segundo a proposta atual, a maior ONG do mundo auxiliaria na implementação de padrões ambientais globais, incluindo nas discussões e ações os movimentos sociais e as empresas, leia-se as pequenas ONGs convencionais. "O novo capitalismo que emergir da crise precisa ser ambiental, ou não será novo", disse Nathalie, sem deixar muito claro de que crise ela estava falando. A ministra enxerga que a princípio a mãe de todas as ONGs deva ser um "local de acolhimento de todos os secretariados dos acordos multilaterais sobre o meio ambiente". Após esta primeira fase, ela disse, em entrevista ao jornal Metro France, que apoia o estabelecimento de um órgão institucionalmente mais poderoso, "que lute contra o dumping ecológico e possa impor sanções", disse Nathale sonhando com o maior Ibama do mundo. A França já havia encabeçado uma iniciativa similar em 2007, quando o presidente Jacques Chirac, aquele que disse o Brasil estava enganado se achasse que a Amazônia era brasileira, lançou a primeira ideia com o apoio de cerca de 60 países. Na época, a proposta era criar um sistema ao modelo da Organização Mundial do Comércio (OMC), com o poder até de impor sanções. Porém, Nathalie ponderou que não seria possível obter maioria com tal sistema. * O quadro Saturno devorando um filho é uma das pinturas a óleo sobre reboco que fazia parte da decoração dos muros da casa que Francisco de Goya adquiriu em 1819. Pertence, portanto, à série das Pinturas negras. Representa o deus Cronos, como é habitual indiferenciado de Chronos (Saturno na mitologia romana), no ato de devorar um dos seus filhos. A figura era um emblema alegórico do passar do tempo, pois Crono comia os filhos recém nascidos de Reia, sua mulher, por temor a ser destronado por um deles.
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