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Scot Consultoria

Conteúdo suficiente para expor o Código Florestal sem xingar ninguém


Segunda-feira, 30 de janeiro de 2012 - 11h21

Amazônida, engenheiro agrônomo geomensor, pós-graduado em Gestão Econômica do Meio Ambiente (mestrado) e Geoprocessamento (especialização).


Caros, peço que vocês me ajudem a fazer, refazer ou desfazer esse blog. É público e notório que eu não gosto de ambientalista radical. Não que eu seja contra a preservação ambiental, não é o caso. Mas me irrita profundamente a forma como a corrente dominante do ambientalismo trata as questões ambientais, sobretudo a questão amazônica que é a região onde nasci, cresci e vivo. Os xiitas do movimento ambiental acreditam que é premente a necessidade de preservação da Amazônia, no que estão completamente certos. Entretanto, o biocentrismo inerente à fé que eles professam desloca o ser humano do foco das atitudes de proteção ambiental. O resultado disso é que o ambientalismo corrente não se importa de violentar um ser humano para desviolentar um jequitibá. Esse modus operandi do ambientalismo, que eu adjetivo de fundamentalista para ressaltar sua diferença do ambientalismo substantivo, quando tornado doentio ante a necessidade e urgência da proteção da Amazônia e ante o provincianismo com o que o mundo não amazônico apreende o problema, toma a forma de um certo fascismo bonitinho, de uma certa desumanidade moral. Quando o Ibama desce de helicóptero numa região da Amazônia fecha serrarias, multa madeireiros e embarga as serrarias, ele salva a floresta. Não há dúvida quanto a isso. Mas ele também relega centenas de amazônidas, que dependiam daquela economia predatória, sem emprego e os aprisiona numa miséria ainda mais profunda. E isso, para mim, é ultrajante, é nojento. Eles tinham sim que fechar as serrarias, mas eles deveriam substituí-las por alternativas sustentáveis reais. Como as alternativas sustentáveis que eles conseguem arquitetar lá na cabeça doentia deles nunca passam de "sonhatimos", de quimeras, o resultado é que eles se limitam, e pior, se comprazem, em apenas tolher a economia predatória justificando com a necessidade e premência de salvar a Amazônia a imoralidade de violentar o amazônida. E isso, para mim, é asqueroso. Por essa razão, quando eu vejo um promotor público afirmar que não há direito adquirido em questões que prejudicam o meio ambiente e que a lei pode naturalmente retroagir para transformar hoje em criminoso alguém que cometeu um ato inocente no passado, não é um nobre jurisconsulto do bem quem eu vejo, é um canalha fascista. Quando eu vejo Marina Silva, ou qualquer de seus ongueiros, a partir de uma abordagem estritamente aistórica, acusar hoje de um mero desmatador um cidadão brasileiro que veio para a Amazônia há mais de meio século, em um outro momento histórico onde a percepção social do avanço sobre a floresta era diferente da de hoje, instado pelo estado e com a incumbência de desmatar e integrar a “regão” ao resto da economia do país, não é uma nobre defensora da floresta quem vejo, é uma hipócrita fascista. É pois para mim muito difícil tratar essas neofascistas com condescendência. E é por isso, e por achar que ser duro é uma boa forma de expor os excessos do bando, que eu tenho descido o cacete nesse ambientalismo corriqueiro praticado por gente como Marina Silva, Mario Gisi, Mario Mantovani, João Paulo Capobianco, João de Deus Medeiros, André Lima, Carlos Minc, Maria Cecilia Wey de Brito, Paulo Adário, Luiz Fux, Herman Benjamin e por aí segue a carriola. On the other hand, tenho sofrido muitas críticas e algumas retaliações por isso. A maioria delas é lixo. Gente que apanhou reclamando que é do bem e não merecia ter apanhado, mas merecia porque Hitler também achava que era do bem. O mundo só percebeu que não era muito depois dele ter praticado a maioria das canalhices. Talvez a ausência de um certo ceticismo ante as atitudes do fuher o tenho ajudado. Mas também recebo críticas que considero relevantes. Por exemplo, o professor Gerd Sparovek, conversando comigo depois de um debate sobre o Código Florestal, me disse que não entendia por que eu usava certos termos aqui no blog. Segundo ele, eu tinha conteúdo suficiente para expor o Código Florestal sem xingar ninguém. Essa é uma crítica que eu considero relevante. O fato é que eu estou meio de saco cheio de brigar e de apanhar sozinho; eu vi o Aldo Rebelo destruir o castelo de cartas do fundamentalismo ambiental sem xingar ninguém além do marido da Marina Silva que, convenhamos, merecia; eu vejo frequentemente portas se fechando na minha frente muitas delas em função da virulência do blog; meu blog não é anônimo, tem gente incomodada tentando me prejudicar no meu trabalho e eles podem conseguir a qualquer momento; eu tenho apontamentos como o do professor Sparovek que considero relevantes; enfim, eu não sei o que fazer. Peço a opinião de vocês que acompanham. O que vocês acham? Continuo nessa toada? É melhor uma grande quantidade de textos virulentos, ou uma quantidade menor de textos teóricos? É melhor ser duro e fácil, ou educado e denso? O que vocês gostariam de ver aqui?
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