Atenção voltada para o milho

O país pode se transformar em um dos principais produtores de milho. Por isto, precisa consolidar a sua participação no mercado internacional, que apresenta um aumento da demanda para produção de carnes, utilização na alimentação humana, além do uso crescente para a produção de biocombustíveis e diversos usos industriais. O quadro a seguir sintetiza alguns dados importantes do “mercado do milho”, com os principais produtores, exportadores e importadores. O maior importador mundial é o Japão, seguido do México e da crescente demanda da China. Outros países importadores em maior volume são Taiwan, Coréia do Norte, Irã, Egito e Colômbia. O maior consumidor é o Estados Unidos, apesar de acharem que é o México. Considerando o consumo de carnes (milho convertido em proteínas) e a extraordinária oferta de “junk foods” baratos (milho modificado) disponível em um mercado dominado pelo marketing, o americano tem o maior consumo per capita de milho do mundo, ao ponto do jornalista Michael Pollan, em seu livro “O Dilema do Onívoro” afirmar que o americano é um saco de milho com pernas! “Com a expectativa de safra recorde em 2011/12, se houver frustração nas exportações de milho pelo cenário externo, os reflexos para a safra 2012/13 serão preocupantes.” afirma Leonardo Sologuren, Folha de São Paulo, 29/11/2011. Já a coluna do Mauro Zafalon assinala a necessidade de organização dos produtores de milho, que precisam transformar a Abramilho em uma associação forte: “Os produtores de milho, a segunda maior cultura de grãos do país, querem elevar a representação do setor e participar mais nas decisões de políticas que devem ser tomadas para o cereal”. É essencial estruturar uma cadeia para garantir a comercialização de forma mais estável. Daí a importância do produtor atuar na comercialização antecipada para garantir níveis de remuneração que justifiquem o próprio plantio, condições de armazenamento e logística para o escoamento da produção que vem sendo cada vez maior. As condições técnicas para elevação da produtividade foram comprovadas pelos produtores brasileiros com o uso de áreas de maior aptidão para a cultura, solos corrigidos e material genético de elevada performance. A adubação também evoluiu com fornecimento de nitrogênio compatível com a produção alcançada e a safrinha tem apresentado resultados satisfatórios no rastro da soja, mas as condições técnicas ainda precisam melhorar considerando um sistema integrado de manejo também com o cultivo seguinte e possivelmente os resultados serão ainda melhores. Nitrogênio Ainda não está claro no mercado internacional se a retração nos negócios é apenas um efeito de entressafra, ou um efeito maior de retração causado pelas condições econômicas mundiais. O que conseguimos perceber é uma trajetória suave de queda nos preços da ureia nas últimas semanas. Diante da retração nos preços do milho em Chicago, analistas americanos apontam redução nos últimos 30 dias de US$30,00 para os preços correntes da ureia, atingindo US$558,00 e para a previsão de preços na estação de plantio de US$572,00 na porteira. Fosfatados O mercado internacional tem se mostrado firme para sustentar os preços dos fosfatados até o momento. Da mesma forma que para a ureia, analistas americanos apontam para preços cerca de US$40,00 menores para o DAP, com preços correntes de US$634,00 e de US$716,00 na estação de plantio. Potássio Os produtores continuam agarrados nos preços praticados e o próximo embate será a negociação dos contratos semestrais com China e Índia, cujo preço alvo seria de US$530,00/t de cloreto de potássio. Se for confirmado este preço, podemos esperar também um novo patamar conforme eles desejam de US$580,00 a US$600,00 para o Brasil. Esperar para ver. Nos Estados Unidos, as analises indicam preços cerca de US$10,00 inferiores nos preços correntes de US$668,00 e nos preços da estação de plantio, agora projetados para um patamar de US$691,00 na porteira.
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