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Scot Consultoria

Detalhes que fazem toda a diferença


Segunda-feira, 24 de outubro de 2011 - 18h06

Administrador de empresas pela PUC - SP, com especialização em mercados futuros, mercado físico da soja, milho, boi gordo e café, mercado spot e futuro do dólar. Editor-chefe da Carta Pecuária e pecuarista.


A força primária do boi foi uma ferramenta que construí especificamente para o boi, nos mostra de forma simples e direta o fôlego do preço da arroba em determinado momento no curto-prazo. O intuito é utilizá-lo como um marcador indicativo de arroba cara ou barata. Seguindo em frente, observe a arroba do boi abaixo. Depois de um piso ao redor de 95 reais em junho, hoje estamos falando de uma arroba ao redor de 97~98 reais, à vista, livre de impostos, em SP. O maior preço recente ocorreu ao redor de 100 reais. O maior preço do ano ocorreu ao redor de 104 reais. Qual a mensagem? A arroba este ano praticamente não oscilou de preço. Isto não é comum, esta pequena oscilação, quero dizer. Digamos assim, existe uma pressão se formando na arroba, pressão, que esta vem dos custos de produção. E não estou falando de custo de ração ou da manutenção da fazenda. Estou falando dos principais custos — bezerro e boi magro. Estes custos correspondem à 50% até 80% dos custos totais da engorda. Seguindo em frente, vamos dar uma olhada nos preços do bezerro. Repare a seguir, a alta desde o início do ano. Está certo que recuou um pouco desde então, porém o que estamos vendo aqui é o contrário do que vemos no boi, ou seja, o bezerro ainda está em alta. Estes são apenas alguns detalhes que gostaria de passar esta semana para vocês. Sem deliberações, sem frescura. Tem hora que os números crus são mais simples e mais claros. Outra coisa interessante que quero deixar hoje é um olhar nas escalas de abate em São Paulo. Estão enxugando agora no final de outubro. Engraçado, isso porque se imaginava um outubro cheio de boi gordo via confinamentos. Não foi o que ocorreu. Cheio de boi gordo acabou sendo setembro. Será novembro também? Observe o gráfico seguinte. Observe como atualmente as escalas voltaram à tendência de alta que começou no início do ano. Deu este repique aí em abril, junho e setembro, porém agora a coisa voltou. Se isto continuar oscilando do jeito que está, talvez novembro mostre uma maior escala de abate. Mas estou só especulando aqui. Não sei se vai aumentar. Acho que o pecuarista talvez vá testar estes preços e segurar os bois nos pastos agora que têm condições para fazer isto. Vamos ver. As chuvas estão caindo, porém ainda não são suficientes nas regiões de pecuária forte. Observe o quadro hídrico nas regiões importantes da pecuária na próxima imagem. O resultado disto é deixar o pecuarista ansioso e animado. Ele viu a pressão para baixo da arroba até recentemente e ficou muito triste. Agora vê a arroba melhorando um pouquinho... E fica desconfiado. Com as chuvas começando a cair, ele volta a ficar esperançoso. Daqui a uns 45 dias já tem boi gordo pronto para abate? Já é um início. Mas o grosso de boi gordo, quando é que entra? Bom, depois de 45 dias já começa a aumentar gradativamente. Mas, sabe onde você vai ver isso de fato? Se o preço do bezerro e boi magro começar à subir de novo. Isto significaria que o boi gordo está entrando forte para impactar a reposição. Se não impactar, a gente pode pensar em duas coisas. Ou ainda não está entrando muito boi gordo de pasto, ou, a oferta de reposição está maior do que se imagina. Os dois cenários são importantes, porém a resposta para eles a gente só poderá enxergar com mais clareza lá para maio do ano que vem. Vamos deixar anotado aqui para relembrar disto lá na frente.
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