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Scot Consultoria

Mercado futuro: tentativa de antecipação


Terça-feira, 30 de agosto de 2011 - 08h50

Administrador de empresas pela PUC - SP, com especialização em mercados futuros, mercado físico da soja, milho, boi gordo e café, mercado spot e futuro do dólar. Editor-chefe da Carta Pecuária e pecuarista.


No mercado do boi, a semana terminou como começou. Praticamente parada. O indicador oscilou apenas dezenove centavos. Para baixo. É a menor oscilação em uma semana desde abril deste ano. O fluxo de animais se mantém constante como a gente pode ver nas escalas de abate abaixo. Chama a atenção a oscilação do diferencial de base entre São Paulo e o restante do país. O diferencial de base é o nome técnico para o desconto que a arroba dos outros estados leva em relação aos preços paulistas. Com a entrada dos bois confinados nestas últimas semanas tivemos um alargamento da base, ou seja, o desconto aumentou. Ele saiu de –10% para ao redor de –11% no Brasil Central. Repare na próxima figura. Quanto a gente amplia esse movimento para os anos anteriores, pelo menos nos últimos três anos, este final de agosto foi isso daí mesmo o que ocorreu lá atrás também. A base oscilou ao redor de –11% nesse período do meio da entressafra. Porém, isso não é regra. Anteriormente a base estava mais estreita. Os frigoríficos nos últimos três anos estão conseguindo comprar bois relativamente mais baratos no interior que em SP. Isso pode ter vários motivos que não propriamente a oferta de boi. A gente sabe de toda as questões de impostos que são envolvidos nisso daí, principalmente em relação aos impostos estaduais, então, a princípio o que está ocorrendo esse ano está muito parecido com o que ocorreu nos últimos dois anos. É claro que os produtores de Goiás não se sentem satisfeitos com esta conversa. A base lá alargou bastante. Falamos sobre isso anteriormente. Porém, sob o ponto de vista de um frigorífico, que compra boi no Brasil Central praticamente inteiro, a chiadeira de um estado é mais motivo de chateação do que necessariamente um problema sério. Ou seja, é melhor fazer ouvidos de mercador e esperar a poeira baixar. Ela vai baixar. Seguindo em frente, como você pode ver a figura seguinte, acabamos de passar pela 4ª semana seguida de queda na arroba do boi. O recorde recente foram cinco semanas. O recorde histórico do plano real foram sete semanas seguidas em queda. O mercado futuro parece que está querendo usar essa informação e se antecipar, puxando os preços do indicador. Vamos ver no que isso dará.
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