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Scot Consultoria

Guerra do potássio


Terça-feira, 2 de agosto de 2011 - 11h02

Engenheiro agrônomo formado pela ESALQ-USP 1976. Consultor - Tecfértil - Vinhedo-SP.


Continua a disputa entre indianos e produtores de cloreto de potássio. Enquanto a China não havia definido seu contrato para fornecimento no segundo semestre, os indianos insistiam em não pagar mais que US$440,00/tonelada, senão fariam uma greve nas compras de KCl. Enquanto isso, o mercado já comprava por preços acima de US$500,00. Pois bem, a China confirmou contratos de quase dois milhões de toneladas com os principais fornecedores, BPC, Canpotex e ICL a US$470,00/t CIF. Então a Índia cedeu e insistiu para obter as mesmas condições oferecidas para a China, foi a vez dos produtores recusarem novamente, pois estavam com pedidos cheios para a sua capacidade, ainda com a colaboração dos pedidos do Brasil que haviam aumentado os volumes de compra em 48% com relação ao ano passado no período janeiro-maio (em janeiro-junho o aumento foi de 58%) e da Ásia, então, não teriam mais produto para oferecer. Neste quadro de vendas cheias, os produtores já indicam a possibilidade de um novo aumento, da ordem de US$30,00 a US$40,00/t. Este aumento se consolidará com a confirmação da forte demanda pelo produto. Entretanto, diante da forte antecipação já efetuada pelo Brasil e ainda os recebimentos em julho e as entregas de outras compras em agosto que devem atender a maior parte da necessidade de compras deste ano e com os preços mais altos com relação aos produtos agrícolas que se encontram estacionados ou em queda, é possível que a pressão da demanda seja menor, e assim os produtores comecem a ver seus estoques subirem. É esperar um pouco mais para ver. Nitrogenados Após uma breve indicação de queda, os preços se sustentaram novamente. Um dos motivos é forte demanda da Índia, segundo maior país consumidor de nitrogenados do mundo, mas é o maior comprador no mercado internacional, está em pleno plantio da sua primeira estação de cereais e iniciará a segunda estação que termina em novembro. As variações de preço ainda são pequenas, mas no momento confirmam a sustentação dos preços como demonstrado nas tabelas a seguir. Fosfatados Continuam praticamente estáveis, também será preciso verificar o efeito da redução do ritmo das importações do Brasil neste mercado, visto que é um dos maiores importadores mundiais e o abastecimento já foi efetuado em grande proporção. Efetuaremos em breve uma análise desta situação de suprimento. Seguem os preços praticados para os principais produtos. Potássio A situação já foi comentada no início. Abaixo segue a tabela com os preços praticados no mercado internacional para as vendas para o Brasil. Deve ser lembrado que a grande antecipação das compras do Brasil garantiu um preço médio nas compras bem abaixo dos preços praticados no momento, entre US$430-440, na média, para o período de janeiro a junho. Quem comprou certamente aproveitou estes preços menores. Quem não comprou encontra agora preços equivalentes aos custos de reposição alinhados com os preços atuais e poderá amargar ainda com um novo aumento como está sendo indicado. No mercado interno, notamos os preços cada vez mais alinhados com os custos de reposição, e as oportunidades de negócios com preços mais favoráveis cada vez mais difíceis.
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