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Scot Consultoria

Quando a conta não fecha


Sexta-feira, 24 de junho de 2011 - 12h02

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


Encaixar os gastos no limite a renda, este é um dos maiores desafios para a maior parte da população brasileira. O salário médio do trabalhador brasileiro é baixo se comparado a outros países que estão no mesmo estágio de desenvolvimento do Brasil. Isso leva a um descompasso entre a capacidade de pagamento e a necessidade de compra. É certo que a coisa vem melhorando, mas é certo também que há um longo caminho a ser percorrido até que, na média, todos possam acessar mais produtos e serviços e consigam honrar, em dia, os compromissos assumidos. Renda menor do que os gastos fazem com que a conta não feche. Quando isso acontece o melhor a fazer é equacionar o problema rapidamente. O que tenho observado é que as pessoas demoram a agir. Arrumam desculpas, ficam aguardando um crédito futuro, acreditam que no mês seguinte as coisas melhorarão, enfim, enganam a si mesmas. E é a partir deste comportamento que o descontrole financeiro pode tomar dimensões incontroláveis. Os sintomas são facilmente identificados: começam a utilizar o limite do cheque especial e não conseguem cobri-lo; recebem a fatura do cartão de crédito e pagam somente o valor mínimo; atrasam o crediário; e as coisas se agravam quando não conseguem honrar contas básicas como energia elétrica, água, entre outras. Na prática as pessoas precisam assumir o comando e ter um comportamento proativo com as finanças do lar. O primeiro passo é adequar o padrão de vida ao limite da renda. Nada adiantará pensar em parcelamento da dívida ou até mesmo na venda de um bem para liquidar pendências financeiras se as pessoas não gastarem dentro do limite da renda. Cumprindo o primeiro passo, os devedores devem relacionar todas as dívidas, priorizando o pagamento das contas consideradas essenciais (água e luz, por exemplo) e aquelas cuja taxa de juros é elevada, como o cartão de crédito e cheque especial. Se não tiverem recursos para quitar estas dívidas o indicativo é procurarem os credores. Bancos e administradoras de cartão de crédito já oferecem parcelamento automático, com juros que podem chegar à metade dos juros praticados por estas modalidades. É fundamental que tenham com clareza quanto podem assumir de prestação mensal para colocar em prática esses parcelamentos. Sempre pensando que não adianta parcelar e não conseguir pagar. Isso só adiaria o problema. Como já colocado, quanto mais tempo demorarem em começar a agir, mais complicado será realizar todos os acertos. Proatividade esta é a palavra que deve nortear o controle financeiro pessoal.
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