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Scot Consultoria

Cartão de crédito: use racionalmente


Sexta-feira, 3 de junho de 2011 - 17h05

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


Entraram em vigor as novas regras do cartão de crédito. O pano de fundo das mudanças é sinalizar ao consumidor final que ele precisa ter maior controle sobre seus gastos. Na prática o cartão de crédito potencializa o poder de compra do consumidor. Ao estabelecer um limite de crédito bem superior à renda mensal, a administradora do cartão de crédito está induzindo o consumidor a gastos além de suas possibilidades em honrar. O que se observa são pessoas endividadas, rolando a dívida a juros que podem atingir mais de 240% ao ano. O uso racional é o mais indicado. Os gastos de uma forma geral precisam ser planejados. O primeiro parâmetro para o planejamento das contas é a renda. Quem ganha R$1.000,00 não pode e não deve gastar além deste valor. Por sinal o recomendável é gastar no máximo 80% deste valor nas contas mensais. Outros parâmetros devem ser considerados. Inicialmente ter clareza quanto aos gastos fixos mensais. São os gastos que qualquer família tem que honrar mensalmente, tais como: aluguel, conta de energia, conta de água, manutenção da casa, gastos com alimentação, condomínio, mensalidade escolar, entre outros. EsTes gastos têm históricos, portanto, são conhecidos antecipadamente mesmo que sofram pequenas variações a cada mês. Há outros gastos sazonais os esporádicos. Por exemplo: IPTU, conserto do carro, gastos com viagem, entre outros. O conhecimento do montante envolvidos nestes dois grandes grupos de gastos permite ao consumidor saber antecipadamente qual o comprometimento de sua renda mensal. Considerando que surgem outras necessidades de outros gastos, como roupa, presentes, etc., evidentemente que o consumidor ao saber exatamente quanto sua renda está comprometida será mais cauteloso na hora de efetuar novas compras. Toda esta dinâmica de gastos, como já colocado, é potencializada com uso sem critério do cartão de crédito. Isso ocorre porque além de o consumidor ter a renda como referência, ele ainda terá o limite de crédito estabelecido pela operadora. Isso de certa maneira ocorre com o uso do cheque especial. O que vem acontecendo é que o consumidor trocou o limite desta modalidade de crédito pelo limite do cartão. Trocou um ruim por um péssimo. Para garantir o pagamento integral da fatura e evitar pagar os escorchantes juros do cartão gaste no máximo 50% de sua renda, desde que parte dos gastos fixos esteja equacionada. Quer se convencer do uso racional do cartão? É fácil, calcule quantas horas você terá que trabalhar para pagar os juros da rolagem da dívida do cartão. As novas regras são importantes e ajudam a induzir o consumidor ao controle dos gastos, contudo, somente com vontade em mudar o comportamento diante dos gastos, assumindo o controle de sua vida financeira é que efetivamente a coisa funcionará. Aproveite o momento para organizar suas finanças pessoais.
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