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Scot Consultoria

Consumo: mais emocional do que econômico


Sexta-feira, 27 de maio de 2011 - 12h28

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


É até estranho um economista afirmando que o consumo é mais emocional do que econômico, mas é a pura verdade. Por mais que haja racionalidade no consumo, as pessoas precisam exercitar o controle nos gastos. Algumas pessoas acabam compensando no consumo de bens e serviços suas frustrações, ansiedade e o cem números de outras questões emocionais da vida moderna. Quando isto ocorre o endividamento é inevitável. Gastam além de sua capacidade de pagamento. Os sintomas clássicos são: uso permanente do cheque especial, pagamento mínimo da fatura de cartão de crédito, atraso no pagamento das demais contas e a coisa se agrava quando até mesmo contas essenciais, com água e energia, deixam de ser pagas. As estatísticas apontam que há no Brasil mais de 15 milhões de endividados a maioria por problemas emocionais. Foi criado, inclusive, o Grupo de Devedores Anônimos, para auxiliar na melhoria emocional destas pessoas. Os familiares devem ficar atentos ao comportamento consumista de seus entes. Também devem orientar os adolescentes. Observo jovens que não controlam suas contas, e que já estão com o nome negativado junto aos órgãos de proteção ao crédito. A formação completa dos indivíduos passa também pela educação financeira. Outro fator que vem fazendo estragos no orçamento familiar é a busca de status. O consumo de produtos de grife cresce e com ele os gastos excessivos. Na prática as famílias precisam equalizar o padrão de vida. Muitas vivem em mundo imaginário entendendo que tudo podem. Para manter as aparências exageram em seus gastos e quando se dão conta, as dívidas se tornam impagáveis. Isso vale para qualquer faixa de renda. Há pessoas endividadas tanto ganhando pouco, como ganhando muito. Ostentam sem possuírem poder aquisitivo. É chegado um momento que, ou param para rever o comportamento de consumo e com ele o padrão de vida estabelecido, ou irão se afogar em dívidas, cujas consequências vão desde a perda do crédito, até o rompimento de relacionamentos. Por sinal a questão financeira já é uma das principais causas de separação de casais. Muitos até pensam: consumo logo existo! Na prática deveriam pensar: gasto dentro do limite de minha renda, logo tenho qualidade de vida! Considerando que este exagero no consumo vem mais do emocional do que do econômico, chegou o momento de refletir se seu padrão de vida atual está adequado ao fato de contemplar qualidade de vida. Se a resposta for negativa, procure ajuda. Em se tratando de finanças pessoais, todo cuidado é pouco!
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