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Scot Consultoria

Brasil será um dos líderes globais em 2025, será?


Sexta-feira, 20 de maio de 2011 - 12h21

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


Estudos do Banco Mundial apontam que as economias do Brasil, China, Rússia, Índia, Indonésia e Coréia do Sul vão responder por mais da metade da economia mundial em 2025, portanto, o Brasil, segundo os estudos, fará parte dos líderes globais. A pergunta é: será que isso ocorrerá? Se a análise for baseada somente na capacidade de gerar riqueza a resposta pode ser sim, contudo, somos sabedores que os desafios são maiores do que essa análise. O Brasil primeiramente precisa desarmar a maneira atual de conduzir a política econômica. Este modelo que tem um lado um Estado gastador e de outro um setor privado concentrador (poucas empresas dominando setores importantes da economia) tem que ser revisto. Controlar a economia com carga tributária nas alturas e com maiores juros do mundo não nos credencia a ingressar no seleto grupo dos países desenvolvidos. Isso sem mencionar o pífio desempenho externo brasileiro. Além da necessária mudança na condução da política econômica nacional é preciso investir em educação. Mas não esta educação atual que está mais preocupada com o tempo de permanência dos alunos em sala de aula, com as estatísticas, e sim na educação com qualidade. Também é imperativo investir em ciência e tecnologia. O país não tem uma política definida de retenção de talentos e não nos estruturamos adequadamente para avançar tecnologicamente. As reformas estruturais precisam sair do papel. Deveriam estar na pauta do dia à revisão das leis trabalhistas, a reforma administrativa, os avanços no judiciário, isso sem falar na revisão total da carga de tributos e suas formas de tributação. O Estado, em todas as suas esferas precisa ser mais eficiente. A infraestrutura deve receber investimentos robustos. Portos, aeroportos, estradas, armazéns, enfim, o chamado custo Brasil precisa sair de cena. Enfim, não é tarefa fácil chegar como referência de potência econômica, é um longo caminho, que pode e deve ser trilhado, mas fica evidente que se não sairmos do marasmo atual, da visão de curto prazo, os estudos de organismos nacionais e internacionais serão meras peças teóricas. O diagnóstico é conhecido, faltam ações na direção das necessárias mudanças na estrutura do país para efetivamente sermos um dos líderes mundiais com crescimento sustentado, contemplando qualidade de vida a sua população.
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