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Scot Consultoria

O dilema de Aldo Rebelo


Terça-feira, 22 de março de 2011 - 09h37

Amazônida, engenheiro agrônomo geomensor, pós-graduado em Gestão Econômica do Meio Ambiente (mestrado) e Geoprocessamento (especialização).


O deputado Aldo Rebelo esteve hoje no nordeste, como de costume, ouvindo a opinião das pessoas sobre o seu relatório que altera o Código Florestal. Em palestra na Bahia, Aldo Rebelo ouviu produtores de perímetros irrigados, agricultores familiares e secretários de meio ambiente de agricultura e enfrentou uma dura reação à proposta de moratória ao desmatamento do seu relatório. Esse problema já foi levantado aqui no blog em “Quem trará o desmatamento legal ao debate”. Com o foco da comunidade ambiental e dos ambientalistas de claquete no desmatamento na Amazônia, a fronteira agrícola brasileira tem se expandido para outras regiões como o oeste baiano, sul do Maranhão e do Piauí. São regiões pobres e historicamente abandonadas por todos, tais locais vêm experimentando algum desenvolvimento econômico oriundo da agricultura. Muitos imóveis rurais nessas regiões ainda estão totalmente recobertos com a cobertura vegetal original. De acordo com o Código Florestal vigente, a lei mais moderna do mundo, os donos desses imóveis têm o direito de desmatar 80% de suas áreas. Apesar dos fundamentalistas de meio ambiente acusarem falaciosamente o relatório Rebelo de liberar desmatamento, o relatório de Aldo Rebelo estabelece uma moratória de 5 anos para novos desmatamentos, inclusive para aqueles que a lei atual autoriza. Essa proibição afeta diretamente essas regiões pobres, uma vez que congela a fronteira agrícola e destrói a única alternativa de desenvolvimento econômico que chegou àquelas paragens. Apesar de ser acusado pelos verdes de ser um neo-ruralista, Aldo Rebelo ouviu hoje duras e legítimas críticas dos produtores rurais do Mapitoba, como é conhecida a região. Rebelo escreveu hoje a noite em seu twiter: "A resistência contra minha proposta de moratória se espalha pela Bahia, Tocantins, Maranhão e Piauí. O que é que eu faço?". E agora, José?
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