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Scot Consultoria

Há um certo ambientalismo que odeia democracia


Segunda-feira, 8 de novembro de 2010 - 14h53

Amazônida, engenheiro agrônomo geomensor, pós-graduado em Gestão Econômica do Meio Ambiente (mestrado) e Geoprocessamento (especialização).


Há evidências por todo lado do flerte entre um certo tipo de ambientalismo com o autoritarismo. É possível ver isso em dois excelentes livros sobre a relação do homem com a natureza: A Nova Ordem Ecológica de Luc Ferry e Colapso de Jared Diamond. O Código Florestal é outra evidência do fetiche dos fundamentalistas de meio ambiente por decisões autoritárias. Nosso Código Florestal nasceu autoritário em 1934 durante a ditadura Vargas, debutou autoritário em 1965 durante a ditadura militar e continua autoritário na forma de uma Medida Provisória imposta pelo Executivo em 1996 e que nunca foi apreciada pelo Legislativo, a MP 2.166/67 Acabo de ler na versão on-line da Folha de São Paulo e no Mongabay uma reportagem sobre a revolta dos ambientalistas contra a aprovação, na Assembléia Legislativa do Estado do Mato Grosso, da lei do zoneamento ambiental estadual. Um grupo de 27 ONGs enviou um manifesto ao Governador do Estado, exigindo que o Executivo obste a decisão tomada no legislativo. Para esses ambientalistas decisões democráticas só servem quanto eles estão de acordo. Quando contradizem seus interesses a democracia não serve, o executivo tem que intervir. O esquisito é que ambientalista adora um zoneamento. Tempos atrás zoneamento era um mantra do movimento verde, era a panacéia que interromperia de vez a sanha dos destruidores de biomas do mal. Eles acreditavam que o zoneamento apenas diria, como eles gostam, o que não pode ser feito. Mas, além do que não pode ser feito, zoneamento diz também o que pode ser feito e fundamentalista ambiental não suporta autorizar nada, eles apenas sabem proibir. O próprio Código Florestal, que os fundamentalistas de meio ambiente crêem ser a melhor lei ambiental do universo, prevê a redução da Reserva Legal para até 50% caso os zoneamentos estaduais assim apontem. Isso já aconteceu em Rondônia, no Acre de Marina Silva quando Marina Silva era ministra do meio ambiente e no Pará. Agora que o Mato Grosso, fazendo apenas o que a melhor lei do mundo exige, tenta aprovar seu zoneamento, os fundamentalistas do meio ambiente se levantam.
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