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Scot Consultoria

Economia brasileira e seus desafios em curto prazo


Quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010 - 14h16

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


Não obstante a confiança no desempenho econômico brasileiro em 2010, apontando para um crescimento econômico entre 4 e 5%, existem inúmeros desafios em curto prazo. Primeiramente vem da velha conhecida inflação. Os índices de preços vieram carregados em janeiro, acendendo o sinal de alerta da autoridade monetária. Neste caso sabemos que o remédio preferido do governo é elevar a taxa de juros básica. Em ano eleitoral será difícil convencer o presidente Lula a aceitar juros em elevação, o que pode indicar mexidas iniciais em outros instrumentos da política monetária, como elevação do compulsório bancário, por exemplo. Outro setor preocupante é o externo. Aqui o governo Federal está em uma encruzilhada. De um lado sabe que o real tem que se desvalorizar diante do dólar, auxiliando a fechar as contas externas, hoje amargando um déficit preocupante em transações correntes. De outro lado, a elevação rápida da cotação do dólar em um momento em que o controle da inflação passa a ser prioridade gera uma preocupação adicional com a denominada inflação importada. Haja habilidade! Isso tudo sem contar a forte inquietação quanto ao futuro das contas públicas, à medida que o atual governo elevou demasiadamente os gastos em custeio, gerando menor superávit primário e como ele pouca folga para conter a elevação da dívida interna. Em meio a isso tudo há agentes econômicos confiantes, apostando fortemente no bom desempenho econômico, querendo que o excesso de conservadorismo por parte da equipe econômica não prevaleça, mas que acima de tudo haja responsabilidade na condução da política econômica principalmente neste fim de mandato. Ainda compartilho com aqueles que entendem que o ano será bom, na média, e que, quem efetivamente fez a lição de casa no período de crise, enxugando custos, aumentando a produtividade, revendo procedimentos nas decisões de investimentos e de financiamentos, colherá bons resultados. No tocante aos desafios em curto prazo, que a atual econômia mostre serviço e seja capaz de efetuar as melhores escolhas, privilegiando o lado real da economia e não o lado monetário, que tem sido a tônica nesses últimos anos.
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