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Scot Consultoria

O crescimento da economia brasileira


Quinta-feira, 28 de janeiro de 2010 - 14h23

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou relatório apontando que o mundo deve se recuperar mais rapidamente do que apontavam as projeções anteriores. As estimativas indicam um crescimento médio de 3,9% para este ano e de 4,3% para 2011. O fundamento para essa revisão é que os países pesquisados adotaram, ao longo da crise econômica, políticas de estímulo à economia. Foram desde injeção forte de recursos na economia, passando por redução da carga tributária e até queda da taxa de juros. O Brasil em especial poderá fechar 2010 com crescimento na ordem de 4,7% ficando abaixo somente da China (10,0%) e Índia (7,7). Países como os Estados Unidos e Japão terão crescimento de 2,7% e 1,7%, respectivamente. Portanto, o Brasil crescerá acima do patamar de economias importantes como estas. Mas nem tudo são flores. Há enormes desafios a serem enfrentados no sentido de garantir que o crescimento efetivamente aconteça. Temos ainda resíduos de setores que não demonstraram totalmente recuperação. É o caso do setor imobiliário americano, que, na melhor das hipóteses ainda está enfraquecido. Há ainda o desemprego, os déficits fiscais e a própria dependência que alguns segmentos do setor privado tem do setor público, à medida que sobreviveram neste período a custas de incentivos fiscais. No caso brasileiro podemos apostar em crescimento, podendo sim atingir os 4,7%, contudo convivendo com desafios. Primeiro deles refere-se ao controle da inflação. Há fortes indícios de elevação de preços e o remédio previsível para controlar esta elevação é o aumento na taxa de juros. Outro desafio é manter a economia aquecida em meio às discussões políticas. A sucessão presidencial dominará o cenário em 2010. Teremos ainda copa do mundo, contas externas, enfim, fortes emoções. De qualquer maneira, independentemente do setor público, a economia tem sua própria dinâmica e tem tudo para manter o otimismo dos agentes econômicos. As crises só trazem uma certeza: são ciclos indicando que, mais cedo ou mais tarde, há inversão de tendência. O momento é de crescimento, portanto, trabalhemos para que isso aconteça e de forma sustentada.
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