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Scot Consultoria

Parceria Sanitária


Sexta-feira, 15 de setembro de 2006 - 21h01


O Estado de São Paulo precisa contar com a colaboração de seus vizinhos e com a parceria da iniciativa privada para implantar, conforme pretende José Serra, o "risco sanitário zero". Pragas e doenças, que atacam plantas e animais, se combatem desde a origem, no campo, até o alimento final, na mesa do consumidor. Assim, não adianta apenas fiscalizar o comércio, mas sim analisar os pontos de risco em toda a cadeia produtiva. Isso exige rastreabilidade e certificação de origem, processo que somente se implementa com a participação dos próprios produtores rurais e empresários do agronegócio. Nas reuniões havidas, com a equipe que elabora o programa de governo do PSDB, entre diversos setores da agropecuária paulista, especialmente na cadeia produtiva das carnes, bovina, suína e avícola, mais ovos e leite, os empresários passaram a visualizar a possibilidade de constituir um Fundo, com recursos a serem arrecadados na iniciativa privada, para investir no controle de qualidade de alimentos, destinados ao mercado interno e às exportações. As repetidas declarações do candidato José Serra, em favor de um programa de qualidade rural, incluindo a qualificação do agricultor, criam ambiente propício a essa parceria nos agronegócios, inusitada no país. Mas a blindagem sanitária que se pretende no território paulista não se assegura sem o trabalho conjunto com os estados vizinhos e, inclusive, com o Paraguai. A enorme fronteira seca do Mato Grosso do Sul e do Paraná com o Paraguai exige rigor e atuação conjunta dos órgãos sanitários, mais os agropecuaristas, no controle especialmente da febre aftosa, doença que prejudica o rebanho bovino e suíno, paralisando as exportações. Grande quantidade de bovinos e suínos vivos atravessa a fronteira entre MS e SP estados para serem abatidos nos frigoríficos paulistas. As equipes de José Serra e André Puccinelli, prováveis governadores de seus estados, trabalham em conjunto visando unificar as propostas de controle sanitário. Sem essa integração na origem, pouco adianta fiscalizar as fronteiras. A responsabilidade maior da defesa sanitária animal e vegetal cabe ao governo federal, que entretanto trata com desleixo o setor. Está na hora de vencer as dificuldades, afinar a viola e arregaçar as mangas juntos, todos, União e estados, público e privado, para construir uma agricultura sadia e forte internacionalmente. O consumidor agradece.
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