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Scot Consultoria

O custo dos serviços


Terça-feira, 27 de maio de 2008 - 15h15

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


Os índices que apuram o aumento do custo de vida apontam para elevação. Fatores como os aumentos nos preços dos alimentos e combustíveis são apontados como os principais responsáveis pela elevação desses indicadores. Especificamente para a classe média há outro vilão importante: o custo dos serviços. Sem poder utilizar a vantagem do real forte, pois não há como tratar a importação de serviços com se faz com os demais bens da economia, os preços praticados por muitos prestadores de serviços não possuem referências adequadas e pesam cada vez mais no orçamento das famílias. Educação, lazer, saúde, aluguéis, cabeleireiro, manicura, são exemplos de serviços que estão com seus preços cada vez mais elevados. Isso sem falar nos serviços domésticos, manutenção em geral, entre outros. Vejam que, no caso específico de educação e saúde, pagamos duas vezes: uma ao governo, via impostos, mas não recebemos a contrapartida; outra ao setor privado, se é que queremos um serviço de melhor qualidade. Na prática, a renda das pessoas não é a reajustada na mesma magnitude e freqüência com que são reajustados os preços desses serviços, gerando um descompasso, cujo sinônimo é: perda do poder aquisitivo. Desta maneira a renda líquida real (renda das pessoas, descontados os impostos e inflação) está cada vez menor. Quando isso acontece restam poucos caminhos: um deles é simplesmente deixar de consumir, o outro é substituir sempre que possível. Você que tem filhos em escola particular, notadamente no ensino fundamental e médio, teria a determinação para transferi-lo para escola pública? Abriria mão do plano de saúde particular para se servir da rede pública? As respostas todos nós sabemos. Está na hora de um olhar especial para a sofrida classe média, se é que ela ainda existe, e em especial um acompanhamento mais de perto dos preços dos serviços.
Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitário, pós-graduado em Engenharia Econômica, mestre em Comunicação. Atualmente, é Conselheiro do Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas áreas econômico-financeira, diretor da Associação Comercial e Industrial de Bauru, perito habilitado para atuar em processos na Justiça do Trabalho e Cível (perícia econômico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, comentarista econômico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do Escritório de Economia ECONOMI@ Online.
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