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Scot Consultoria

A dimensão do imposto de renda


Sexta-feira, 9 de maio de 2008 - 12h00

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


No último dia 30 de abril finalizou a entrega das declarações de ajuste anual do imposto de renda. É o chamado encontro anual com o "leão". Ao avaliar os valores envolvidos, principalmente no imposto pago, é que passamos a ter uma clara noção do quanto efetivamente foi subtraído da renda e transferido ao Estado. Em particular, o assalariado sente esse peso mês-a-mês, contudo, como o valor é diluído, não consegue dimensionar exatamente o montante que isso representa da renda bruta. Isso sem mencionar os impostos já embutidos nos preços dos produtos e serviços. Além do valor em si, nos chama a atenção os gastos incorporados por boa parte da classe média: planos de saúde e mensalidades escolares, isso só para citar dois deles. As deduções são desproporcionais. O valor estabelecido como dedutível por dependente está distante de refletir a realidade. Há ainda a possibilidade de deduzir parte do valor investido na previdência privada, mas pensando que é uma forma de complementar a renda, para usar menos o serviço público no futuro, mesmo este patamar de desconto não satisfaz. Complicam até mesmo nos incentivos fiscais. Destinação para o fundo municipal do estatuto da criança e adolescente de no máximo 6 % do imposto devido, desde que seja pelo modelo completo, depositado em conta do Fundo Municipal da Criança e Adolescente, isso realizado no ano base. Quanta facilidade neste incentivo! E a alíquota? Chega a 27,5%! Mas fique tranqüilo: se der imposto a pagar pode ser parcelado em 8 vezes, corrigido pela Selic. Que alívio! Brincadeiras a parte o pior mesmo é saber que o peso do imposto sobre a renda é elevado, e não temos a contrapartida em qualidade dos serviços prestados pelo Estado. Não podemos continuar passivos a essa mordida desproporcional do leão.
Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitário, pós-graduado em Engenharia Econômica, mestre em Comunicação. Atualmente, é Conselheiro do Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas áreas econômico-financeira, diretor da Associação Comercial e Industrial de Bauru, perito habilitado para atuar em processos na Justiça do Trabalho e Cível (perícia econômico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, comentarista econômico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do Escritório de Economia ECONOMI@ Online.
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