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Scot Consultoria

A confiança da indústria


Segunda-feira, 7 de abril de 2008 - 10h28

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o ICI (Índice de Confiança da Indústria) e o número de março aponta para alta no otimismo. O índice apurado ficou em 114,7 contra os 121,4 pontos do mês de fevereiro. A alta foi de 5,8%. Afinal, o que leva o meio industrial brasileiro a ampliar sua confiança no setor? A resposta está no vigor atual da economia. O verdadeiro “céu de brigadeiro” dos últimos anos em níveis internacionais, permitiu ao Brasil alicerçar os chamados fundamentos da economia, o que é colhido neste momento. De 2002 para cá a crise mais importante observada no contexto internacional é exatamente a crise americana atual. Isso garantiu ao país criar o que podemos chamar de “blindagem” na economia. Os investidores estrangeiros estão querendo saber mais do Brasil e estão dispostos a aportar seus recursos no país. Evidentemente que a crise atual retarda em parte essa aposta, mas é uma questão de tempo para que novos investimentos sejam realizados dado o enorme potencial econômico brasileiro. O industrial local não quer ficar de fora. Questiona a carga tributária, com razão, sabe que praticamos a maior taxa de juros do mundo, conhece os gargalos limitantes de nosso crescimento sustentado, mas também sabe que se não investir agora poderá amargar perdas futuras. Podemos dizer que “a fila anda”, mesmo. E esse futuro não é tão distante assim. A melhoria da renda e a ampliação do crédito têm garantido o incremento da demanda doméstica. Os números levantados pela FGV indicam que o nível de utilização da capacidade instalada do setor industrial brasileiro é de 85,2%, portanto, um bom nível médio para os padrões históricos do Brasil. Resumindo, a economia possui sua própria dinâmica e, independentemente de crise, quem tiver um olhar no potencial local a ser explorado, poderá colher bons resultados. O setor industrial já externou sua confiança nisso.
Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitário, pós-graduado em Engenharia Econômica, mestre em Comunicação. Atualmente, é Conselheiro do Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas áreas econômico-financeira, diretor da Associação Comercial e Industrial de Bauru, perito habilitado para atuar em processos na Justiça do Trabalho e Cível (perícia econômico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, comentarista econômico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do Escritório de Economia ECONOMI@ Online.
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