• Sábado, 27 de abril de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Cai o nível de emprego e aumenta o emprego formal


Sexta-feira, 28 de março de 2008 - 14h29

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


Dois dados recentes sobre o mercado de trabalho poderiam se contrastar. Um deles aponta para o crescimento do emprego formal, esse com carteira assinada. O outro indica que houve crescimento no número de desocupados no Brasil. O emprego formal atingiu 54,6% em fevereiro deste ano. É o maior patamar desde que foi iniciada a série histórica em 2.002. Foram 732 mil novos empregos formais, representando um crescimento de 3,6% se comparada a fevereiro do ano passado. Com isso a renda média do trabalho atingiu o patamar de R$ 1.189,90. Já a taxa de desocupação aumentou, ou seja, há menos pessoas no mercado de trabalho. Em janeiro a taxa era de 8% e em fevereiro chegou a 8,7%. Vale lembrar que em fevereiro de 2007 a taxa estava em 9,9%. Haveria ou não indicações que os números caminham em sentidos opostos? Poderia até aparentar, entretanto temos analisar pela ótica da dinâmica do mercado de trabalho. Há setores com forte crescimento, portanto, buscam mais mão-de-obra, notadamente especializada. Ponto positivo para o incremento do emprego formal. Por outro lado há setores que são afetados por questões sazonais. É o caso, por exemplo, do setor comercial. Buscam mais trabalhadores no final do ano, com contratações temporárias, e com a diminuição do ritmo da economia nos meses seguintes, principalmente no primeiro trimestre do ano, acabam dispensando esses funcionários. Neste caso diminui o número de trabalhadores ocupados. O ponto de convergência dos dois indicadores é que neste momento os números são melhores do que períodos idênticos do passado. Mesmo com políticas fiscal e monetária restritivas e convivendo em um cenário de incertezas, é possível identificar nesses números um fortalecimento do mercado de trabalho brasileiro. Buscar cumprir a meta macroeconômica do pleno emprego, mesmo sabendo que é inatingível em sua plenitude, é tão ou mais importante que metas de inflação. Neste momento os indicadores não são sonhos dourados, mas sinalizam que podemos manter o otimismo quanto ao futuro da economia brasileira.
Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitário, pós-graduado em Engenharia Econômica, mestre em Comunicação. Atualmente, é Conselheiro do Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas áreas econômico-financeira, diretor da Associação Comercial e Industrial de Bauru, perito habilitado para atuar em processos na Justiça do Trabalho e Cível (perícia econômico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, comentarista econômico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do Escritório de Economia ECONOMI@ Online.
<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja